UNEGRO - União de Negras e Negros Pela Igualdade. Esta organizada em de 26 estados brasileiros, e tornou-se uma referência internacional e tem cerca de mais de 12 mil filiados em todo o país. A UNEGRO DO BRASIL fundada em 14 de julho de 1988, em Salvador, por um grupo de militantes do movimento negro para articular a luta contra o racismo, a luta de classes e combater as desigualdades. Hoje, aos 33 anos de caminhada continua jovem atuante e combatente... Aqui as ações da UNEGRO RJ

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

Muhammad Ali-Haj, nascido Cassius Marcellus Clay Jr. (Louisville, 17 de janeiro de 1942), é um ex-pugilista norte-americano, considerado um dos maiores ​​da história do esporte. Foi eleito "O Desportista do Século" pela revista americana Sports Illustrated em 1999

Nascido no estado do Kentucky, começou vencendo os Jogos Olímpicos de 1960. Conquistou o título de campeão dos pesos pesados ao derrotar Sonny Liston em 1964. Perdeu o título em 1967 e foi proibido de atuar por três anos e meio por ter se recusado a lutar no Vietnã. Recuperou o posto ao ser reabilitado, mas logo perdeu para Joe Frazier. Ganhou de novo o título em 1974 ao vencer George Foreman em luta realizada no Zaire (retratada no
documentário "Quando éramos Reis"), perdeu-o em 1978 para Leon Spinks e em seguida retomou-o de Spinks. Retirou-se do boxe quando ainda era campeão.

Infância e carreira amadora
Cassius Marcellus Clay, Jr., nasceu em 17 de janeiro de 1942 em Louisville, Kentucky. O mais velho de dois meninos, ele foi nomeado por seu pai, Cassius Marcellus Clay, Sr., que foi nomeado após o político abolicionista de mesmo nome. Seu pai pintava outdoors, e sua mãe, Odessa O'Grady Clay, foi uma empregada doméstica. No entanto, o Cassius Sr. era um metodista, aceitou que Odessa convertesse Cassius Jr. e seu irmão Rudolph "Rudy" Clay (depois renomeado Rahman Ali) como batistas. Ele era descendente de escravos americanos na América sulista, e é predominantemente descendente de afroamericanos, com ancestrais irlandeses e ingleses.

Clay teve seu primeiro contato com o boxe do chefe de polícia e técnico de boxe Joe E. Martin em Louisville, que o encontrou com 12 anos batendo em um ladrão que estava roubando sua bicicleta. Ele disse ao oficial que ele estava fazendo "whup" no ladrão. O oficial lhe disse para aprender boxe. Nos seus últimos quatro anos de carreira amadora Clay tinha treinado com Chuck Bodak.

"Clay ganhou seis títulos Golden Gloves de Kentucky, dois títulos Golden Gloves nacionais,
título nacional do Amateur Athletic Union, e a medalha de ouro do Meio-Pesado nas Olimpíadas de Verão de 1960 em Roma. O recorde amador de Clay foi 100 vitórias com apenas cinco derrotas."

Foi o único boxeador que até hoje suportou 12 assaltos com o maxilar quebrado (luta com Ken Norton, em 1973). Converteu-se ao Islamismo (mudando de nome paraMuhammad Ali-Haj) e lutou contra o racismo. Muhammad Ali pode ser considerado o primeiro esportista a aliar marketing com política. Exemplo disso foi seu desempenho antes da luta com George Foreman no Zaire. Ali utilizou todo seu conhecimento do pan-africanismo para se colocar como o lutador da África, enquanto Foreman ficou como simbolo da alienação negra
americana, episódio este retratado no filme "Quando Éramos Reis", de 1974. Ali entrou para história da década de 60 quando se negou a lutar na Guerra do Vietnã. "Nenhum vietcongue me chamou de crioulo, porque eu lutaria contra ele?".
Por diversas vezes anunciou-se a luta entre Ali, o campeão mundial dos profissionais, contra o cubano Teófilo Stevenson, campeão mundial dos amadores e campeão olímpico, mas devido a problemas técnicos e políticos essa luta jamais ocorreu.


"Em 2001, Will Smith interpretou Muhammad Ali no filme Ali."

Em 2010, Muhammad junto com a cantora Christina Aguilera fizeram a propaganda em prol das vítimas do terremoto que destruiu o Haiti.
Se tornando lenda

"Ali tem a doença de Parkinson, diagnosticada no início da década de 1980. Em 2010, Ali foi a Israel para tratar a doença. O trabalho é feito com células tronco adultas. Os testes até então realizados com ratos tiveram sucesso, mas sua eficácia em seres humanos ainda será testada".

Muhammad Ali protagonizou lutas históricas, contra vários oponentes como, George Foreman, Sonny Liston e Joe Frazier, pugilista pelo qual Ali sofreu sua primeira derrota, em 1971, mas tendo vencido a revanche. Outra grande luta foi contra George Foreman, no antigo Zaire, a luta foi apelidada de "The Rumble in the Jungle", tendo Ali vencido por nocaute no sétimo round e reconquistado seu título. Muhammad Ali é considerado por muitos, o melhor pugilista de todos os tempos, e é ídolo em todo o mundo, Ali tamém foi indicado pela revista "The Ring Magazine" como o pugilista do ano mais vezes do que qualquer outro boxeador; Ali é um dos integrantes do "International Boxing Hall of Fame", onde estão os maiores boxeadores da história do esporte. Ali também tem uma rua em Louisville com seu nome, chamada de "Muhammad Ali Boulevard". Em 2005, recebeu a "Presidential Medal of Freedom", uma medalha que o governo americano presenteia seus cidadãos que fizeram muito pela nação.

 Ali parou, mas ficou o mito. Dominado pelo Mal de Parkinson, trava luta até hoje para dar-lhe o nocaute - a doença não tem cura, mas Ali investe alto em tratamento com células-tronco, que ainda não deram resultado. Mesmo assim, vem pelos anos deixando fãs e até ídolos de boca aberta. Como no segundo round das lembranças, que vai para 1996. Olimpíada de Atlanta. Na quadra, o Dream Team 2 americano de basquete, que já não tinha mais Michael Jordan e Magic Johnson, contava ainda com metade daquela equipe notável dos Jogos de Barcelona. Astros como Charles Barkley, como exemplo, conhecidos pela soberba,simplesmente ficaram estáticos, de boca aberta, tímidos, quando Ali, já com a doença, entrou na quadra para receber de volta a medalha de ouro olímpica conquistada em 1960, em Roma, que lhe fora também tirada por questões políticas.
Os ídolos americanos batem palmas para Ali. Os brasileiros também. O pugilista Éder Jofre, bicampeão mundial no peso-galo e no peso-pena, glória nacional, de quem Ali foi admirador, e o lutador supercampeão Anderson Silva, do MMA, febre do momento que ocupa um espaço já do boxe tempos atrás, se rendem também à técnica e à liderança do maior de todos os tempos.

- Acho que o Ali é o rei do boxe e a referência pública negra no esporte. Depois dele vieram Michael Jordan, Magic Johnson e tantos outros. Ele abriu as portas para todos nós. E tinha uma garra e um estilo inconfundíveis, que me inspiram. A luta do século, contra Foreman, é
uma aula de superação. Além disso, era ambicioso e um visionário - afirmou por e-mail Anderson Silva, dono do cinturão do pesos-médios e considerado hoje o maior lutador do MMA.

Um afro braço.

fonte:http://www.mensagenscomamor.com/enciclopédia livre.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

O samba se renova mantendo a Raiz comemora 100 anos em 2016.

- É neste contexto social e cultural que o século XX começa no Rio: a então capital da nova República, receptora de milhares de negros que migravam da Bahia, serviu de catalisadora de diversos movimentos artísticos e culturas africanas. 
Eram os primeiros anos após o fim da escravidão (1888) e o centro da cidade fervilhava com uma classe média emergente de trabalhadores negros que finalmente podiam vender seu trabalho. Os artistas dessa época, proibidos pela polícia de mostrar sua música em público, buscavam refúgio nas casas das tias baianas, mulheres que ganhavam a vida vendendo sua culinária ou costura. Após celebrações de rituais do Candomblé (e posteriormente da Umbanda), se reuniam para, entre versos e batuques, criar, resistir e forjar o samba carioca

."Eu sou o samba/ A voz do morro sou eu mesmo sim senhor/ Quero mostrar ao mundo que tenho valor/ Eu sou o samba/ Sou natural daqui do Rio de Janeiro/ Sou eu quem levo a alegria/ Para milhões de corações brasileiros". ( A voz do morro, de autoria de Zé Keti )"

Em 2016 é a vitoria das escolas de samba de tradição da cidade do Rio de Janeiro..
Mangueira comemora 50  de existência e de
 Bethânia  e vence com a força dos Orixás...
Em segundo Tijuca,Portela em terceiro....
Sangueiro também favorito em quarto os mensageiros dos Orixás e seu Malandro...


O nosso samba, um gênero tão brasileiro, só foi oficializado há 100 anos. Em novembro de 1916, Ernesto dos Santos, o Donga, registrou o primeiro samba na Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro, “Pelo Telefone”, e entrou para a história. Polêmicas à parte (dizem que a música era uma criação coletiva, feita na casa da Tia Ciata), o episódio foi muito importante para o processo de profissionalização dos compositores do gênero.

100 anos de samba é comemorado durante o Carnaval 2016...

Começava o século XX. O maxixe que o compositor Ernesto Nazareth (1863-1934) preferia chamar de tango e a modinha já não estavam mais a sós. Surgia uma nova dança, um novo ritmo que receberia o nome de samba.

_'Trata-se de um sincretismo musical em que, originalmente estão presentes a polca europeia, que lhe forneceu os movimentos iniciais, a habanera, influenciando o ritmo, o lundu e o batuque, com o sincopado e a coreografia, e o jeitinho brasileiro de cantar e encantar, como disse Mário de Andrade".

Samba carnavalesco- Marchinhas e Sambas feitas para dançar e cantar nos bailes carnavalescos. exemplos : Abre alas, Apaga a vela, Aurora, Balancê, Cabeleira do Zezé,

Bandeira Branca, Chiquita Bacana, Colombina, Cidade Maravilhosa entre outras.

No carnaval, indiscutivelmente a maior festa brasileira, o samba faz escola e apresenta ao mundo a sua grandiosidade.

Um retrospectiva histórica do Samba :

Década de 1910

Em 1916, Donga registrou o primeiro samba, “Pelo Telefone”, da Biblioteca Nacional. A música mostra o cotidiano no Rio de Janeiro daquela época e faz duas homenagens: ao jornalista Mauro de Almeida, “O Peru dos Pés Frios”, e ao boêmio Noberto do Amaral Júnior, o “Morcego”:

Década de 1920José Barbosa da Silva, o Sinhô, ficou conhecido como o “rei do samba”. O cantor e compositor carioca teve vários sucessos, entre eles “Quem São Eles?”, “Fala Baixo” e “Jura”. A última foi regravada por Zeca Pagodinho. Um dos registros emblemáticos é a versão de Aracy Cortes, em 1929:

Década de 1930A música deu início à famosa polêmica entre Wilson e Noel Rosa, em 1933. O Poeta da Vila não gostou nenhum pouco da exaltação à malandragem e compôs ”Rapaz Folgado”. O quiproquó rendeu vários sucessos, como “Mocinho da Vila”, “Conversa Fiada” e “Feitiço da Vila”.

Década de 1940A dupla Ataulfo Alves e Mário Lago — conhecida pelo sucesso “Ai Que Saudade da Amélia” — também ganhou destaque com o samba “Atire a Primeira Pedra”, de 1944. A composição está no musical “É com Esse que Eu Vou”.

Década de 1950Foi o auge do samba-canção. Dolores Duran foi uma das principais representantes dessa ramificação do samba, que também teve como destaque Lupicínio Rodrigues. “A Noite do Meu Bem”, conhecida na voz de Dolores, é o título do livro recém-lançado que resgata as memórias daquele período.

Década de 1960O Zicartola (foto no alto da página), bar e restaurante do mestre Cartola e da esposa dele, dona Zica, foi um marco na trajetória do samba. O estabelecimento funcionou apenas de 1963 a 1965, mas reuniu, nesse pouco tempo, o anfitrião, Nelson Cavaquinho e Zé Keti, entre outros bambas. O local também promoveu o encontro desses artistas com uma nova geração, como Paulinho da Viola e Nara Leão.

Década de 1970Enfim, foi a vez das mulheres conquistarem o topo nas paradas radiofônicas. O trio de cantoras – formado por Alcione, Beth Carvalho e Clara Nunes – conquistou todo o país. “Não Deixe o Samba Morrer”, “Vou Festejar” e “Conto de Areia” são, até hoje, músicas que não podem faltar nas rodas de samba.

Década de 1980O LP de estreia do grupo Fundo de Quintal, “Samba É Fundo de Quintal” (1980), chamou a atenção por trazer novidades para o gênero. O uso do banjo, do tantã e do repique de mão nas batucadas era inédito até então. Criado no Cacique de Ramos, o grupo teve integrantes que se tornaram compositores de destaque, como Almir Guineto, Arlindo Cruz, Jorge Aragão e Sombrinha.

Década de 1990Por volta de 1998, surgiu na Lapa carioca um movimento que revitalizou o local. Antes abandonado, o lugar tornou-se passagem obrigatória para quem gosta de samba. Teresa Cristina e Grupo Semente, Pedro Miranda, Marcos Sacramento e Moyseis Marques são alguns frutos desse renascimento da Lapa.

Década de 2000

Após a explosão do pagode, muitos artistas decidiram ir contra a maré e resgatar o samba tradicional. Entre eles, está o grupo carioca Casuarina, que tem uma carreira marcada por hits autorais e por regravações de importantes compositores, como Roberto Silva e Aluísio Machado.

Década de 2010

Tempos modernos, internet e samba sem fronteiras. Os representantes do gênero de outros estados ganharam mais reconhecimento. Em Recife, Karynna Spinelli chama atenção pelo repertório afro. Parente de Ary Barroso, Alexandre Rezende dá continuação ao legado mineiro. Em Brasília,Renata Jambeiro comprova que o cerrado também é solo fértil para as batucadas.

"Não importa que seja a trajetória mais a população negra foi uma vitória. Depois da abolição da escravidão, este é o momento mais importante para o negro. Significou que a palavra samba, de origem africana, ao estar registrada na Biblioteca Nacional, passou a fazer parte da cultura do país, e não apenas para nos  negro mais para o povo brasileiro", - Paulo Lins, escritor."

Claudia Vitalino.

Um afro abraço.

fontes:www.cultura.rj.gov.br\museudosamba.org.br/

terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

Carnaval RIO 2016:6 escolas de samba que retratam Orixás e entidades

Tolerância só no Carnaval? Escolas de Samba e as referências afro-religiosas...
Todo ano é a mesma coisa. Pipocam episódios de intolerância religiosa contra cultos e religiões brasileiras com influências africanas e indígenas – como a Umbanda, por exemplo   
– e, quando chega o último dia do ano, lá vão milhares e milhares de pessoas vestidas de branco, por todas as praias do Brasil, com flores, frutas, barquinhos e mais um monte de badulaques fazer oferendas de Ano Novo. Isso quando não vão apenas para ‘pular as sete ondinhas’, num exercício mecânico e desprovido de maiores conhecimentos ritualísticos.

Parece que foi com o enredo Festa dos deuses afro-brasileiros, da escola de samba Em Cima da Hora, em 1974, que os enredos sobre orixás e outras divindades africanas viraram moda no carnaval carioca. Tão em moda que, de lá pra cá, no Rio e em São Paulo, não há ano em que não se volte ao tema, às vezes em doses triplas. Mas a história vem de mais longe.

 -O Carnaval, a festa popular mais famosa do Brasil, período de muita alegria e visibilidade para o país. E é neste período que boa parte das Escolas de Samba, Blocos e Grupos Carnavalescos bebem à vontade na inesgotável fonte da cultura brasileira e nas influências africanas e indígenas que permeiam toda a nossa história.
De novo, muitos dos que atiram as primeiras pedras, se ‘esquecem’ da intolerância e saem cantando e repetindo sambas-enredo cheios de referências a Guias, Orixás e tradições religiosas que, no restante do ano, são abominados.

Os quase 516 anos da nação consigamos compreender claramente o processo de formação da cabeça dos brasileiros: gente miscigenada, cordial e pacífica que, ao mesmo tempo, não valoriza suas origens étnicas, é cada vez mais irritada e, infelizmente, cada vez mais violenta com os ‘diferentes’.

A intolerância religiosa – por mais que o termo não esteja correto, pois o que se busca é respeito e não apenas a tolerância – persiste. Segundo o escritor e antropólogo Roberto da Matta, em recente entrevista ao programa Canal Livre, da Band, “o que nos deixa angustiados não é a igualdade e não a desigualdade”. Basta observarmos o comportamento do nosso povo nas filas (seja lá onde for), no trânsito, na política, enfim, em todo e qualquer espaço público que requeira educação e civilidade para o benefício de muitos possa estar acima do privilégio de poucos.


05 fevereiro, 2016
Por: Umbanda Eu Curto
CATEGOR
Grupo Especial
Desfile: 07/02 e 08/02

4. G.R.E.S. ACADÊMICOS DO SALGUEIRO
Enredo: A ópera dos Malandros

A Acadêmicos do Salgueiro já causou polêmica antes mesmo de desfilar. O ensaio técnico da escola trouxe com tudo o enredo A Ópera dos malandros, inspirado na obra de Chico Buarque. Durante o ensaio a rainha da bateria, Viviane Araújo surgiu vestida de Maria Padilha, o que resultou em ataques intolerantes a rede social da atriz. Salgueiro, aguardamos ansiosamente pelo desfile oficial!

“EU VOU POR BECOS E VIELAS
CHEGOU O BARÃO DAS FAVELAS
QUEM ME PROTEGE NÃO DORME
MEU SANTO É FORTE, É QUEM ME GUIA
NA LUTA DE CADA MANHÃ
UM MENSAGEIRO DA PAZ
DE LARÔS E SARAVÁS”

5. G.R.E.S. UNIDOS DO VIRADOURO

Enredo: O alabê de Jerusalém, a saga de Ogundana
A Viradouro traduz no enredo – que fala sobre um africano que decidiu virar discípulo de Jesus -o forte sincretismo religioso existente no país. Nos versos a escola canta sobre Xangô, Oxum.. e ainda chama atenção para a intolerância religiosa, inspirado-se na ópera Alabê de Jerusalém – Os intolerantes, de Altay Veloso. Esse enredo vale a pena conferir!

“E CHORA COM ESSA GUERRA SANTA
QUE SANGRA ESSE PLANETA AZUL
Ó MEU BRASIL, CUIDADO COM A INTOLERÂNCIA
TU ÉS A PÁTRIA DA ESPERANÇA
À LUZ DO CRUZEIRO DO SUL”


SEX, 05 FEV DE 2016

Série A Grupo de Acesso – escolas que disputam vaga para desfilar no Grupo Especial no carnaval do próximo ano.

Desfiles: 05/02 e 06/02

Total: 14 escolas

1. G.R.E.S. ALEGRIA DA ZONA SULEnredo: Ogum
A escola vai homenagear a figura de um dos orixás do panteão africano, que também é sincretizado com São Jorge em algumas regiões do país. Guerreiro, corajoso, forte e valente, Ogum, é considerado o orixá da metalurgia, da agricultura e da tecnologia.

“QUANDO TOCA O ADARRUM
É BATUQUE PRA OGUM… AXÉ (AXÉ, AXÉ)
PATAKORI GUERREIRO, NOS ABENÇOAI
OGUNHÊ, MEU PAI”

2. G.R.E.S. RENASCER JACAREPAGUÁ

Enredo: Ibejís – Nas brincadeiras de Criança: os Orixás que viraram Santos no Brasil
A renascer traz a figura dos Ibejís (orixás-crianças), protetores das crianças e sincretizados com os santos católicos Cosme e Damião.

“QUEM MANDA HOJE É BEIJADA,
AMOR QUE TRAZ PROTEÇÃO
SALVE COSME E DAMIÃO”


3. G.R.E.S. ACADÊMICOS DO CUBANGO

Enredo: Um banho de mar à fantasia
Com o tema voltado para preservação das águas, a Cubango mistura consciência ecológica com a mitologia dos Orixás. O enredo fala sobre a “lavagem do Bonfim”, Yemanjá, Oxum dentre outros Orixás.

“POR ESSAS ONDAS MORA IEMANJÁ

DEPOIS DOS OCEANOS, OLOKUM
EM ÁGUAS CLARAS DE PAI OXALÁ
DESÁGUA MAMÃE OXUM

6. G.R.E.S. ESTAÇÃO PRIMEIRA DE MANGUEIRA

Enredo: Maria Bethânia – A Menina dos olhos de Oyá
A homenagem da verde e rosa não é especificamente para um dos orixás. Mas, quando fala-se de Maria Bethânia impossível não relacioná-la a cultura que a cantora carrega tão talentosamente nos versos de suas músicas. Além do que, o enredo está cheio de referências as divindades!


“OYÁ… ENTREGO A TI A MINHA FÉ
O ABEBÉ REDUZ AXÉ
FIZ UM PEDIDO PRO BONFIM ABENÇOAR
OXALÁ, XEU ÊPA BABÁ!
OH, MINHA SANTA, ME PROTEJA, ME ALUMIA”


Que o Carnaval seja uma festa de alegria, mas com respeito ao próximo e a todos. Que respeitemos, desde já, as opiniões e crenças de todos, e assim possamos criar um círculo virtuoso, onde um católico ou evangélico, por exemplo, cante um samba-enredo em homenagem a um Guia ou aos Orixás e, no resto do ano, respeite os demais que
escolheram a Umbanda ou o Candomblé como a qualquer outra crença religiosa a serem seguidas.

Um afro abraço.

fonte:https://umbandaead.wordpress.com

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quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

‘Caráter não se mede por sexualidade’, diz transexual Silvânia Santos conselheira tutelar...

Silvânia Santos foi eleita pela população para ocupar o cargo público.
Trabalho é garantir direitos de crianças e adolescentes em situação vulnerável

por Marina Fontenele
Trabalhar na defesa dos direitos e em busca de dias melhores para crianças e adolescentes. Esse é o objetivo da conselheira tutelar Silvânia Santos de Sousa, 26 anos,

transexual eleita para a função com quase 400 votos da população da Zona Norte de Aracaju. Membro do Grupo Homossexual do Bugio (GHB) e ligada a movimentos transgêneros, ela afirma que é a primeira transexual do Brasil a assumir, de forma titular, ao cargo de conselheira tutelar.

“Competência e caráter não se medem pela sexualidade. Um amigo me disse que eu tinha tudo para dar errado diante do preconceito que ainda existe a sociedade: nasci negra, na periferia, deficiente e transexual. Mas eu não quis me vitimar, pelo contrário, eu acreditei nos meus sonhos e quis mostrar que eu sou capaz de ajudar as pessoas e trabalhar pela comunidade”, afirma Silvânia, que assumiu a função pública neste mês.

Antes de a população elegê-la conselheira, Silvânia já
fazia um trabalho voluntário de aula de dança para crianças do bairro Bugio. “Aquilo me realizava então pensei que eu poderia chegar a mais crianças e adolescentes que merecem atenção. Tive medo no início, mas a comunidade me apoiou e me confiou essa missão”, lembra. As aulas eram mantidas através de doações de comerciantes da região. Nessa época, Silvânia era funcionária da recepção de uma empresa e ainda não tinha vestia de forma feminina.

“Os principais problemas que eu e meus colegas de trabalho vamos combater são evasão escolar e hospitalar, negligência, violência física, psicológica e sexual, entre outros. Nosso dever é garantir os direitos de crianças e adolescentes que estão em situação de vulnerabilidade social, em risco de violência ou opressão. Vamos conversar com a família, aconselhar para que situações como estas não aconteçam mais”, destaca.

Para a transexual, a experiência de quem vivenciou algumas dessas dificuldades aguçou a sensibilidade. “Hoje minha família me apoia, mas já passei por humilhação na rua e ouvi muitos comentários maldosos até assumir de vez a minha felicidade porque ser transexual não é só uma mudança de visual e de órgão sexual, mas sim a adequação à minha identidade”.

De acordo com a conselheira municipal, o racismo acontece fora de casa e a vítima geralmente tem o apoio da família, que acolhe e encoraja. “Já o preconceito sexual, muitas vezes já começa dentro do núcleo familiar quando a criança apresenta trejeitos de homossexual e nesses casos a pessoa fica sem chão, sem ter a quem recorrer. Acaba que a casa se torna um ‘terreno inimigo’, é preciso reverter esse tipo de situação”, analisa.

Silvânia acredita que a evasão escolar é outro problema grave, que precisa do apoio de todos no combate. “A evasão escolar de homossexuais é uma coisa que preocupa muito também porque isso acaba reduzindo as futuras possibilidades de trabalho. E, menos oportunidades podem acabar impulsionando a prostituição e a entrada no submundo da marginalidade. Todos têm o direito à educação e possuem capacidade de realizar seus
sonhos”, finaliza. Para o futuro, ela planeja cursar faculdade de Direito e continuar com o trabalho na comunidade.

Tem negro no arco - íris, sim!
Respeitosamente,
Marisa Justino
Unegro / RJ
Coordenação Estadual do Coletivo LGBT

FONTE eFoto: Marina Fontenele/G1)

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

Semba ou Samba: Unindo Brasileiros e Africanos...

A cultura brasileira e, logicamente, a rica música que se faz e consome no país estruturam-se a partir de duas básicas matrizes africanas, provenientes das civilizações conguesa e iorubana. A primeira sustenta a espinha dorsal dessa música, que tem no samba sua face mais exposta. A segunda molda, principalmente, a música religiosa afro-brasileira e os estilos dela decorrentes. Entretanto, embora de africanidade tão expressiva, a música popular brasileira, hoje, ao contrário da afro-cubana, por exemplo, distancia-se cada vez mais dessas matrizes. E caminha para uma globalização tristemente enfraquecedora.

"Semba é um dos estilos musicais angolanos mais populares. A palavra semba significa umbigada em kimbundo."


O cantor Carlos Burity defende que a estrutura mais antiga do semba situa-se na masemba (umbigada), uma dança angolana do interior caracterizada por movimentos que implicam o encontro do corpo do homem com o da mulher: o cavalheiro segura a senhora pela cintura e puxa-a para si provocando um choque entre os dois (semba).

Como explica que o semba (género musical), actual é resultado de um processo complexo de fusão e transposição, sobretudo da guitarra, de segmentos rítmicos diversos, assentes fundamentalmente na percussão, o elemento base das culturas africanas.

O Samba que veio do Semba é um gênero musical, que deriva de um tipo de dança, de raízes

africanas, surgido no Brasil e considerado uma das principais manifestações culturais populares brasileiras.





Das congadas ao samba: a matriz congo
Já nos primeiros anos da colonização, as ruas das principais cidades brasileiras assistiam às festas de coroação dos “reis do Congo”, personagens que projetavam simbolicamente em nossa terra a autoridade dos muene-e-Kongo, com quem os exploradores quatrocentistas portugueses trocaram credenciais em suas primeiras expedições à África subsaariana.

Esses festejos, realçados por muita música e dança, seriam não só uma recriação das celebrações que marcavam a entronização dos reis na África como uma sobrevivência do costume dos potentados bantos de animarem suas excursões e visitas diplomáticas com danças e cânticos festivos, em séqüito aparatoso. E os nomes dos personagens, bem como os textos das cantigas entoadas nos autos dramáticos em que esses cortejos culminavam, eram permeados de termos e expressões originadas nos idiomas quicongo e quimbundo.

Esses cortejos de “reis do Congo”, na forma de congadas, congados ou cucumbis (do quimbundo kikumbi, festa ligada aos ritos de passagem para a puberdade), influenciados pela espetaculosidade das procissões católicas do Brasil colonial e imperial, constituíram,

certamente, a velocidade inicial dos maracatus, dos ranchos de reis (depois carnavalescos) e das escolas de samba – que nasceram para legitimar o gênero que lhes forneceu a essência.

Sobre as origens africanas do samba veja-se que, no início do século XX, a partir da Bahia, circulava uma lenda, gostosamente narrada pelo cronista Francisco Guimarães, o Vagalume, no clássico Na roda do samba, de 1933 , segundo a qual o vocábulo teria nascido de dois verbos da língua iorubá:san, pagar, e gbà, receber. Depois de Vagalume, muito se tentou explicar a origem da palavra, alguém até lhe atribuindo uma estranha procedência indígena. Mas o vocábulo é, sem dúvida, africaníssimo. E não iorubano, mas legitimamente banto.

Samba, entre os quiocos (chokwe) de Angola, é verbo que significa “cabriolar, brincar, divertir-se como cabrito”. Entre os bacongos angolanos e congueses o vocábulo designa “uma espécie de dança em que um dançarino bate contra o peito do outro”. E essas duas formas se originam da raiz multilinguísticasemba, rejeitar, separar, que deu origem ao quimbundo di-semba, umbigada – elemento coreográfico fundamental do samba rural, em seu amplo leque de variantes, que inclui, entre outras formas, batuque, baiano, coco, calango, lundu, jongo etc

O tempo passa mais o samba não deixa dúvidas da relação entre o Brasil e a África. Desde sua origem até hoje, brasileiros e africanos procuram enfatizar a semelhança que os dois têm quando o assunto é samba. Os dois continentes irmãos trabalharam juntos para terem hoje, em suas culturas, um dos gêneros mais apreciados pelo mundo, transformando o samba em um símbolo da cultura afro-brasileira.

Afoxés e blocos afro: a matriz iorubá

As condições históricas da vinda maciça de iorubanos para o Brasil, do fim do século XVIII aos primeiros anos da centúria seguinte, fizeram com que a língua desse povo se transformasse numa espécie de língua geral dos africanos na Bahia e seus costumes gozassem de franca hegemonia. Esse fato, aliado, posteriormente, ao trabalho de reorganização das comunidades jeje-nagôs empreendido principalmente pela ialorixá Mãe Aninha, Obá Biyi (1869-1938) e pelo babalaô Martiniano do Bonfim, Aji Mudá (1858-1943), na Bahia, em Recife e no Rio de Janeiro, fez com que os iorubás passassem a ser vistos como a principal referência no processo civilizatório da diáspora africana no Brasil. Mas mesmo antes
das ações concretas daquelas duas grandes lideranças, as tradições iorubanas já faziam presença na música. Tanto assim que, a partir do carnaval de 1897, saía às ruas de Salvador, encenando, com canto, danças e alegorias, temas da tradição nagô, o clube Pândegos d’África, considerado o primeiro afoxé baiano.

Música popular e religiões africanas
A origem banta (bantu) do samba, como vimos, já está devidamente comprovada. Da mesma forma, é também banta a origem dos vocábulos “umbanda”, “macumba” “mandinga” etc, pertencentes ao universo dos cultos bantos do Brasil. Antes, porém, de entrarmos no cerne do nosso objetivo, façamos o seguinte esclarecimento.

O registro mais antigo que se conhece de cultos bantos em nosso país é o da cabula, denunciado numa pastoral do bispo D. João Corrêa Nery no Espírito Santo, no fim do século retrasado. Congregando, entre 1888 e 1900, mais de 8 mil pessoas, a comunidade dos

cabulistas, entretanto, e certamente também em função da repressão, não dispunha de templo organizado em espaço físico exclusivo. Suas reuniões de culto eram secretas, realizando-se ora em casa de um adepto ora no meio da mata, mas com práticas, vestimentas e paramentos – segundo o famoso relato do bispo Nery, divulgado por Nina Rodrigues.

Considerado uma manifestação popular africana, o samba é estimado como um ritmo urbano característico do Rio de Janeiro, cidade capital do Brasil colônia. As primeiras canções do gênero foram associadas ao Carnaval, elas eram marchinhas arranjadas por compositores de peso, como Heitor Prazeres, Pixinguinha, João da Baiana, que compunham sambas-maxixe, e como Chiquinha Gonzaga, que marcou a história da música, com seus hinos carnavalescos como o inesquecível “Ô Abre Alas”. As marchinhas inicialmente eram criadas por esses reconhecidos compositores, que eram remunerados pelas escolas de samba. Ao longo do tempo, elas foram substituídas pelos sambas-enredo.

- Mais tarde, o gênero ganhou estruturas modernizadas; sendo dois grupos fundamentais para essa nova “cara” que o samba estava ganhando: os grupos carnavalescos dos bairros Estácio de Sá e os do bairro Osvaldo Cruz, com compositores dos morros da Mangueira, Salgueiro e São Carlos.

Em razão das deficiências imobiliárias, as pessoas com baixa renda passaram a se deslocar para os morros do Rio de Janeiro, O samba acompanhou o processo e dessa nova estrutura social surgiram novos talentos musicais. A consolidação do gênero vem com o surgimento das “tias baianas”, peças fundamentais na composição do samba urbano. Os instrumentos

que formaram a base e foram essenciais para a composição do samba foram os de percussão, como pandeiros e chocalhos. Ao passar dos anos, outros instrumentos ganharam espaço, como cavaquinho e cuíca. Além disso, para que as escolas realizassem seus desfiles na passarela do samba com o tempo determinado pelo regulamento, um novo formato foi introduzido – o ritmo mais acelerado, aquele que hoje deixa qualquer um com vontade de dançar.

A África distante, cada vez mais
A presença africana na música brasileira, pelo menos em referências expressas, vai se tornando cada vez mais rarefeita. Aparece, via Jamaica, no carnaval dos blocos afro baianos e nos sambas-enredo das escolas cariocas e paulistanas – especialmente nas homenagens a divindades. Mas nada de modo tão intenso como ocorre na música que se faz em Cuba e em outros países do Caribe.

Mesmo com a explosão comercial da chamada salsa, a partir de Porto Rico e via Miami, na música afro-caribenha de hoje é raro um disco que não contenha pelo menos uma cantiga inspirada em temas da religiosidade africana e interpretada com fervor apaixonado. Tito Puente, Mongo Santamaría, Célia Cruz, Rubén Bladez e muitos outros são exemplos fortes, o mesmo não acontecendo no Brasil, pelo menos na música mais largamente consumida.

Finalizando:

Acreditamos que a música popular brasileira, de raízes tão acentuadamente africanas, seja vítima de um processo de desafricanização ainda em curso. Senão, vejamos. Quando a bossa-nova resolveu simplificar a complexa polirritmia do samba e restringir sua percussão ao estritamente necessário, não estaria embutido nesse gesto, tido apenas como estético
, uma intenção desafricanizadora? E quando a indústria fonográfica procura modernizar os ritmos afro-nordestinos (de maracatu para mangue-beat, por exemplo), não estará querendo fazer deles menos “boçais” e mais “ladinos”, pela absorção de conteúdos do pop internacional?
... Bem esta aberto o debate.

Um afro abraço.
Claudia Vitalino.

fote:www.snh2013.anpuh.org/www.arte.seed.pr.gov.br/

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