UNEGRO - União de Negras e Negros Pela Igualdade. Esta organizada em de 26 estados brasileiros, e tornou-se uma referência internacional e tem cerca de mais de 12 mil filiados em todo o país. A UNEGRO DO BRASIL fundada em 14 de julho de 1988, em Salvador, por um grupo de militantes do movimento negro para articular a luta contra o racismo, a luta de classes e combater as desigualdades. Hoje, aos 33 anos de caminhada continua jovem atuante e combatente... Aqui as ações da UNEGRO RJ

sábado, 15 de fevereiro de 2014

1963 - James Meredith é o primeiro negro a se formar na Universidade do Mississipi

Em 18 de agosto de 1963, o estudante e ativista norte-americano James Meredith tornou-se o primeiro negro a se formar na Universidade do Mississipi, sul dos Estados Unidos. Esse ato
foi considerado uma virada a favor do Movimento pelos Direitos Civis dos EUA. Dois anos antes, ele já havia chamado a atenção do país ao conseguir se inscrever e, com muita dificuldade e sob ameaças, entrar e estudar na instituição, enfrentando a ira e os protestos da elite branca do Estado.

Meredith, hoje com 80 anos, sempre admitiu que sua decisão de exercer seus direitos foi inspirada pelo discurso de posse do então presidente John Fritzgerald Kennedy – sobre a necessidade de cada americano ser um cidadão ativo. Muito mais do que se formar, o objetivo principal do ativista era pressionar o governo a garantir e ampliar os direitos civis à população negra em todo o território.

Meredith nasceu em Kosciusko, no estado segregacionista do Mississipi, de uma família de origem negra e indígena (tribo choctaw, expulsa da região no passado). Depois de estudar em escolas só permitidas para negros, alistou-se nas Forças Armadas e serviu a Aeronáutica de 1951 a 1960.

No final de 1961, quando concluiu seu segundo ano no curso de Ciências Políticas da Universidade de Estadual de Jackson, no mesmo Estado, decidiu pedir transferência para a Universidade do Mississipi que, amparada pela legislação racista do Estado, só aceitava estudantes brancos. Se uma decisão da Suprema Corte de 1954, no caso Brown vs. Education, já havia determinado que tal política não poderia mais ser aceita em instituições de ensino, ela ainda não havia sido colocada em prática naquele estado.

Em carta à universidade, Meredith disse que queria a inscrição “por seu país, por sua raça, por sua família e por si mesmo”. “Estou ciente das possíveis dificuldades envolvidas nessa ação assim como sei que, embora subestimado, estou totalmente preparado para obter uma graduação na Universidade de Mississipi”, escreveu o ativista na ocasião.

Após receber duas negativas entrou na justiça em 31 de maio de 1961 alegando ter sido rejeitado unicamente pela cor de sua pele, já que tinha um currículo escolar adequado e suficiente para ser aceito. A decisão final só saiu através da Suprema Corte que, no mesmo ano, determinou a aplicação de seu pedido.Mesmo com o aval jurídico, o governador do Estado, Ron Barnett, tentou de todas as maneiras barrar sua entrada, forçando a aprovação de uma lei que proibia “qualquer pessoa com antecedentes criminais no estado ser aceita em uma instituição estadual de ensino”. Meredith havia sido condenado no passo por registro eleitoral falso, em razão de especificidades na lei eleitoral do Mississipi que coibiam o voto de eleitores negros.

Com a intervenção do procurador-geral dos EUA, Robert Kennedy, Barnett foi obrigado a concordar, relutantemente, com o pedido de Meredith.

Após a admissão, o ativista foi barrado no portão de entrada no dia 20 de setembro, só conseguindo ingressar fisicamente, sob forte escolta policial, no dia 1.º de outubro. Estudantes brancos e ativistas pró segregação chegaram a cercar o campus naquele dia tentando impedir sua entrada. Robert Kennedy precisou da ajuda das Forças Armadas para desocupar o local e garantir a segurança do ativista. Duas pessoas morreram, incluindo um jornalista francês encontrado morto com um tiro nas costas. Um dos carros responsáveis pela segurança foi incendiado e os dois ocupantes, que saíram de lá ilesos, ainda tiveram de escapar de um tiroteio. 160 dos 500 U.S. Marshalls (agentes pertencentes ao Departamento de Justiça) convocados pelo governo ficaram feridos, além de 40 membros da Guarda Nacional.
Após se formar, continuou seus estudos na Nigéria, voltou aos EUA para organizar marchas pelo direitos civis (como a "Marcha contra o Medo", de Memphis a Jackson, onde chegou a ser baleado).
Na carreira política, sempre militou pelo partido Republicano. Foi duramente criticado por membros do movimento negro ao assessorar, entre 1989 a 1991, o senador ultraconservador Jesse Helms, da Carolina do Norte, que atuara no passado contra a intervenção federal em assuntos que ele considerava de responsabilidade estadual – incluindo integração racial, o Ato de Direitos Civis e o Ato do Direito ao Voto, todos embates caros ao movimento negro. O mesmo Helms tentou impedir que o Senado aprovasse um feriado nacional em homenagem a Martin Luther King. Meredith justificou sua opção ao dizer ter oferecido seus serviços a todos os senadores da República, e apenas Helms abriu as portas para ele.

Em 2002, durante a celebração dos 40 anos de sua admissão, seu filho, Joseph, já falecido, também obteve graduação em Administração, ficando em primeiro lugar no curso daquele ano. Na ocasião,

James disse: “Não há prova maior para mostrar a falibilidade da supremacia branca do que
não apenas meu filho ter se formado aqui, mas o fato de ter obtido o primeiro lugar no curso. Bem, acho que isso vinga minha vida toda”. James tem uma estátua em sua homenagem na universidade.

Um afro abraço.

fonte:www.espacoacademico.com.br

domingo, 9 de fevereiro de 2014

CLEMENTINA DE JESUS (Clementina de Jesus da Silva)

   No dia 7 de fevereiro de 1901 nascia, na cidade da Valença (RJ)

Filha de um violeiro e capoeirista, desde criança ouvia os cantos de trabalho, jongos, benditos, ladainhas e partidos-altos cantados pela mãe. Mudou-se com a família para o Rio de Janeiro RJ, passando a adolescência no bairro de Osvaldo Cruz. Aos 12 anos, desfilava no Bloco Moreninhas das Campinas. Três anos depois, já cantava no coro de uma das muitas igrejas do bairro de Oswaldo Cruz. Por essa época, freqüentava as rodas de samba na casa de Dona Maria Nenê. Mais tarde, passou a frequentar oGrêmio Recreativo e Escola de Samba Portela. No ano de 1940 casou-se com Albino Pé Grande e foi morar no morro da Mangueira.Durante 20 anos trabalhou como empregada doméstica, cantando só para os amigos, sendo descoberta aos 63 anos por Hermínio Bello de Carvalho. Sua primeira aparição como cantora profissional se deu em 1964, quando, a convite de Hermínio, participou do show "O menestrel" (c/ Turíbio Santos). No ano seguinte, integrou o musical "Rosa de Ouro", apresentado no Teatro Jovem do Rio de Janeiro e dirigido por Hermínio Bello de Carvalho e Kleber Santos, ao lado da veterana Araci Cortes e do Conjunto Rosa de Ouro, que tinha como integrantes, entre outros, Paulinho da Viola, Elton Medeiros e Nelson Sargento. Do show foi editado o LP: "Rosa de Ouro", em 1965, com Benguelê" (Pixinguinha e Gastão Vianna), "Boi não berra" (domínio público), "Sementes do samba" (Hélio Cabral), "Nasceste de uma semente" (José Ramos) e "Bate canela". Para esse disco Élton Medeiros compôs em sua homenagem o partido-alto "Clementina cadê você?". O show seguiu em turnê pela Bahia e em teatros São Paulo. Viajou para Dacar e Senegal, representando o Brasil no Festival de Arte Negra, acompanhada de Elizeth Cardoso, Élton Medeiros e Paulinho da Viola no ano de 1966. É também de 1966 seu primeiro disco solo, "Clementina de Jesus", pela Odeon, onde interpreta sambas como "Piedade", "Cangoma e "Tute de madame", as três do folclore popular. "Em 1967 saiu "Rosa de Ouro Volume II", ao lado de Araci Cortes e do Conjunto Rosa de Ouro, em que Clementina interpreta, entre outras, "Mulato calado",

(Benjamin Batista Coelho - Marina Batista). Nesta mesma época, participou de concertos na Aldeia de Arcozelo e em dueto com Helcio Milito, apresentou na Sala Cecília Meirelles, do Rio de Janeiro, a "Missa de São Benedito" de autoria de José Maria Neves. No ano seguinte, em 1967, prestou seu histórico depoimento para o MIS (Museu da Imagem e do Som), no qual foi entrevistada por Hermínio Bello de Carvalho e Ricardo Cravo Albin. Em 1968, com João da Baiana e Pixinguinha gravou o disco "Gente da antiga", lançado pela Odeon. Neste mesmo ano, ao lado de Nora Ney e Cyro Monteiro, lançou o LP "Mudando de conversa", gravação do show homônimo, ao lado de Cyro Monteiro e Nora Ney, realizado no Teatro Santa Rosa, no Rio de Janeiro, com roteiro e direção de Hermínio Bello de Carvalho. desse mesmo ano é o disco "Fala Mangueira", com Carlos Cachaça, Cartola, Nélson Cavaquinho e Odette Amaral. No ano de 1970, gravou seu segundo disco solo, "Clementina cadê você?", lançado pelo MIS (Museu da Imagem e do Som) do Rio de Janeiro. Neste disco interpretou, entre outras, "Sei lá, Mangueira" de autoria de Paulinho da Vila e Hermínio Bello de Carvalho e ainda "Vai de saudade" (Candeia e Davi do Pandeiro). No ano de 1973, cinco meses depois de ter tido uma trombose que, conforme parecia, ameaçava encerrar sua carreira artística, lançou pela Odeon o LP "Marinheiro só". Produzido por Caetano Veloso, o LP trouxe do folclore popular a faixa "Marinheiro só", com adaptação de Caetano Veloso. Ainda neste mesmo disco, foram incluídas duas composições de Paulinho da Viola: "Na linha do mar", uma de suas interpretações de maior êxito, e "Essa nega pede demais", mais o partido-alto "Moro na roça" (Zagaia - Folclore / adpt de Xangô da Mangueira). Nesse disco, a própria Clementina fez três adaptações de cantos populares: "Fui pedir às almas santas", "Atraca, atraca" e "Incelença". Ainda em 1973, fez uma participação especial no disco"Milagre dos peixes", de Milton Nascimento, na faixa "Escravo de Jó" (Milton Nascimento e Fernando Brant). No ano de 1976, lançou o LP "Clementina de Jesus - convida Carlos Cachaça", onde registrou, entre outras, os sambas "Incompatibilidade de gênios" (Aldir Blanc - João Bosco) e "Não quero mais amar a ninguém" (Zé da Zilda - Carlos Cachaça - Cartola). No ano seguinte, em 1977, participou
como convidada de Clara Nunes no LP "As forças da natureza", no qual interpretou em dueto com a anfitriã a faixa "PCJ-Partido da Clementina de Jesus" de autoria de Candeia, feita em sua homenagem. Em 1979 gravou seu derradeiro disco, "Clemetina e convidados", pela Emi-Odeon, onde se destacou os sambas "Embala eu" (Albaléria), em dueto com Clara Nunes e "Na hora da sede" (Luiz Américo - João de Barro). No ano de 1982 a Escola de Samba Lins Imperial se apresentou com enredo em sua homenagem: "Clementina - Uma Rainha Negra". No ano seguinte, recebeu no Teatro Municipal do Rio de Janeiro uma homenagem. Ainda em 1983, participou do LP "Canto dos escravos", com Doca e Geraldo Filme, interpretando cânticos dos escravos de Minas Gerais, lançado pela gravadora Eldorado. Em 1985, recebeu do governo francês, através do Ministro da Cultura Jack Lang, a Comenda da Ordem das Artes e Letras, com a presença de Jorge Amado, Caetano Veloso e Milton Nascimento. Seu último show foi no mês de maio no Teatro Carlos Gomes, no Rio de Janeiro, no ano de 1987, vindo a falecer em julho deste mesmo ano. No ano 2000, às vésperas da comemoração de aniversário de 100 anos de nascimento, foi
produzida por Hermínio Bello de Carvalho e João Carlos Carino uma caixa com nove CDs reunindo quase toda a obra gravada em LPs na Odeon, com exceção do disco produzido no MIS (Museu da Imagem e do Som). Ficou conhecida como a Rainha Ginga ou Quelé. A primeira homenagem foi dada devido a sua importância e grandeza na música popular, e a segundo devido à corruptela carinhosa de seu nome.).

Depois de trabalhar quase 20 anos como empregada doméstica, ela deu início à carreira musical aos 63 anos.  Clementina faleceu no dia 19 de julho de 1987, no Rio de Janeiro, em função de um derrame.
Claudia Vitalino.
Um afro abraço.


fonte:http://www.cantorasdobrasil.com.br

quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Mulher Negra Feminista e militante do movimento de mulheres e negro Lélia Gonzalez...

O negro contemporâneo no Brasil

Nos interessa separar o protesto das práticas coletivas no interior de organizações e espaços negros. O protesto - como as marchas, passeatas, paradas, ocupações e desfiles pelas ruas -, nos ensina Tilly, assume franco objetivo de ser evento público, cuja função é chamar a atenção da sociedade e das autoridades, preferencialmente através dos holofotes ou das

notícias impressas através das quais ganham mais visibilidade. Mais importante do que isso, os atos públicos são fontes privilegiadas para apreender o movimento como um todo: as alianças, as bandeiras, os oponentes, as organizações, as lideranças, os símbolos, as identidades coletivas e os discursos. Ademais, as marchas públicas permitem visualizar a trajetória do movimento social ao longo do tempo, sendo possível a verificação das regularidades dos eventos, bem como as suas possíveis inovações.

Mesmo sem estrutura para grandes mobilizações de massa em seus atos públicos iniciais, o movimento precisou construir amplas alianças através de suas entidades de base e coletivos organizados, para atingir um número razoável de pessoas em seus eventos. Além disso, a mobilização negra brasileira conta com outro obstáculo, apesar das cotas problematizado de sua formulação, qual seja: a hegemonia da democracia racial na cultura brasileira atuava como elemento desmobilizador das massas. Isso levantaria um tipo de problema para os ativistas negros que não se restringia ao campo econômico e político, mas, sobretudo, ao cultural.

As novas gerações estam começando a ssumir a reponsabilidade de liderar o movimento social que nasceu entre as décadas de 1940 e 1950, originou-se de camadas sociais

populares e, em menor proporção, de estratos médios urbanos. O ingresso e a permanência nas universidades brasileiras durante a ditadura militar foi um determinante estrutural na trajetória dessa juventude. Frutos do "milagre econômico" (Rufino, 1982), jovens negros que ingressaram nos estabelecimentos de terceiro grau viram-se confrontados com mobilizações estudantis e engajamentos políticos antiditadura, correntes e formações partidárias clandestinas, todas inspiradas pelo ideário da esquerda política, Influenciados nacionalmente pelos movimentos políticos de esquerda, pelo novo sindicalismo e pelas mobilizações estudantis (Gonzalez, 1982; Hanchard, 2001; Guimarães, 2001), os ativistas não apenas interpretaram esse ambiente político como sendo propício para a construção de um movimento nacional contra o racismo, como se utilizaram da rede social e de estratégias políticas da esquerda brasileira para construir uma ação coletiva antirracista (Hanchard, 2001). Parte significativa da intelectualidade negra, que sustentava teoricamente o movimento, articulou a linguagem marxista, notadamente no uso do conceito de classe, com a crítica social traduzida em termos raciais. Não por acaso, estampado em quase todos os panfletos e manifestos políticos dessa época estava o jargão raça e classe. Nessa rasura ideológica, os intelectuais e as principais lideranças negras construiriam um discurso radical e contencioso, denunciando as práticas coletivas e representações sociais dos próprios setores progressistas do país.

Nesta trajetória de lutas e suadas vitorias devemos dar a maior importância, comumente pelas importantes atores do movimento negro e a atuação das mulheres negras que, ao que parece, antes mesmo da existência de organizações do Movimento de Mulheres, reuniam-se para discutir o seu cotidiano marcado, por um lado, pela discriminação racial e, por outro, pelo machismo não só dos homens brancos, mas dos próprios negros.... Nesse sentido, o feminismo negro possui sua diferença específica em face do ocidental: a da solidariedade, fundada numa experiência histórica não tão comum como Lélia Gonzalez..

História

Em 1º de fevereiro de 1935 nascia em Belo Horizonte a intelectual, feminista e militante do movimento negro Lélia Gonzales, Filha de um ferroviário negro e de uma empregada doméstica indígena era a penúltima de 18 irmãos, entre eles o futebolista Jaime de Almeida, que jogou pelo Flamengo. Nascida em Belo Horizonte, mudou-se para o Rio de Janeiro em 1942.
Graduou-se em História e Filosofia e trabalhou como professora da rede pública de ensino. Fez o mestrado em comunicação social e o doutorado em antropologia política. Começou então a se dedicar à pesquisas sobre relações de gênero e etnia. Foi professora de Cultura Brasileira na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, onde chefiou o departamento de Sociologia e Política.
Como professora de Ensino Médio no Colégio de Aplicação Fernando Rodrigues da Silveira

(UEG, atual UERJ), nos difíceis anos finais da década de 1960, fez de suas aulas de Filosofia espaço de resistência e crítica político-social, marcando definitivamente o pensamento e a ação de seus alunos

Lélia Gonzalez, morreu devido a problemas cardíacos aos 59 anos, sempre buscando como intelectual e ativista negra denunciar a situação de opressão vivida pela maioria da população brasileira, no qual metade é representada pela população negra.

Essa realidade só foi possível porque o movimento negro brasileiro passou por um processo de institucionalização jamais visto em sua história que, em certa medida, possibilitou a profissionalização e a especialização dos ativistas, bem como a formalização e a burocratização dos coletivos e das entidades. Muitas destas tornaram-se, aos poucos, associações civis formalmente mais complexas, cujo modelo exemplar é o de organização não governamental (Rios, 2009). Ademais, o Governo Federal na administração FHC, e, sobretudo, Lula, absorveu parte significativa dos quadros políticos negros, especialmente na construção da Seppir e das leis e programas nacionais de promoção da igualdade racial (Lima, 2010), sem contar as comissões de controle público, que passaram a ser cada vez mais frequentados pelos ativistas. Tão importante quanto isso foi o ambiente político internacional, que ofereceu incentivos políticos e econômicos para a luta antirracista do país, seja na forma de conferências internacionais, promovidas pela Organização das Nações Unidas (Roland, 2000), seja pelo apoio financeiro de agências financiadoras internacionais, como a Fundação Ford (Telles, 2003)


Claudia Vitalino.

Um afro abraço.

fonte:Wikipédia, a enciclopédia livre/ONTINS, M. 2005. Lideranças negras. Rio de Janeiro: Faperj/Aeroplano/BENTO, M. A. S. 2000. "Racismo no trabalho: o movimento sindical e o Estado". In: GUIMARÃES, A. S.; HUNTLEY, L. (orgs). 2000. Tirando a máscara. São Paulo: Paz e Terra
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domingo, 26 de janeiro de 2014

O pan-africanismo é...

Origens do termo:

Pan-Africanismo ou Panafricanismo, vem do grego, pan (toda) e africanismo (referindo-se a elementos africanos). A origem do termo é inserido na corrente filosófica-política historicista do século XIX sobre o destino dos povos . E a necessidade de a unidade de grandes conjuntos culturais ou “nações naturais” a partir do expansionismo imperialista ocidental. É discutido se a autoria da expressão pertence a William Edward Burghardt Du Bois ou Henry Sylvester Williams.
 A ideologia que propõe a união de todos os povos de África como forma de potenciar a voz do continente no contexto internacional. Relativamente popular entre as elites africanas ao longo das lutas pela independência da segunda metade do século XX, em parte responsável pelo surgimento da Organização de Unidade Africana, o pan-africanismo tem sido mais defendido fora de África, entre os descendentes dos escravos africanos que foram levados para as Américas até ao século XIX e dos emigrantes mais recentes.
Eles propunham a unidade política de toda a África e o reagrupamento das diferentes etnias, divididas pelas imposições dos colonizadores. Valorizavam a realização de cultos aos ancestrais e defendiam a ampliação do uso das línguas e dialetos africanos, proibidos ou limitados pelos europeus.
Pan-africanismo é um movimento político, filosófico e social que promove a defesa dos direitos do povo africano e da unidade do continente africano no âmbito de um único Estado soberano, para todos os africanos, tanto na África como em diáspora.
A teoria pan-africanista foi desenvolvida principalmente pelos africanos na diáspora americana descendentes de africanos escravizados e pessoas nascidas na África a partir de meados do século XX como William Edward Burghardt Du Bois e Marcus Mosiah Garvey, entre outros, e posteriormente levados para a arena política por africanos como Kwame Nkrumah. No Brasil foi divulgada amplamente por Abdias Nascimento.
William Edward Burghardt "W. E. B." Du Bois (Great Barrington, Massachusetts, 23 de fevereiro de 1868  Acra, Gana 27 de agosto de 1963) foi um sociólogo, historiador, ativista, autor e editor estadunidense. Nascido no interior do estado de Massachusetts, Du Bois cresceu numa comunidade tolerante, quase não sendo vítima de racismo durante sua infância. Após se graduar em Harvard, onde se tornou o primeiro afro-americano a obter um doutorado, se tornou professor de história, sociologia e economia naUniversidade de Atlanta. Du. Bois foi um dos fundadores da National Association for the Advancement of Colored People (NAACP) em 1909
Du Bois ganhou proeminência nacional como líder do Movimento do Niagara, um grupo de ativistas afro-americanos que lutavam por direitos iguais para os negros. Du Bois e seus apoiadores se opuseram ao Compromisso de Atlanta, um acordo elaborado por Booker T. Washington que definia que os negros do Sul dos Estados Unidos iriam se submeter à política segregacionista e, em troca, receberiam educação básica e oportunidades econômicas. Ao invés disso, Du Bois defendia que os negros tivessem os mesmos direitos civis e políticos que os brancos, o que ele acreditava que deveria ser defendido por uma elite intelectual afro-americana. Ele se referia a esse grupo como os décimos talentosos e acreditava que os afro-americanos precisavam de mais chances na eduação para que essa liderança pudesse ser desenvolvida.
O racismo foi sempre o alvo principal das críticas de Du Bois, sendo que ele sempre denunciava os linchamentos de negros, as leis de Jim Crow e a discriminação na educação e no emprego em seus escritos. Sua causa também incluía as chamadas pessoas de cor de outros países, principalmente aquelas da África e da Ásia, que, à época, lutavam contra o colonialismo e o imperialismo. Ele foi o proponente do pan-africanismo e ajudou a organizar vários Congressos Pan-Africanos para defender a libertação das colônias africanas das potências europeias. Durante sua vida, Du Bois fez várias viagens para a Europa, a África e a Ásia. Após a Primeira Guerra Mundial, ele pesquisou sobre as experiências de soldados afro-americanos na França e denunciou a intolerância presente noExército dos Estados Unidos.
Du Bois foi um autor prolífico. Sua coleção de artigos, As Almas da Gente Negra (The Souls of Black Folk), foi uma obral seminal da literatura afro-americana. Sua obra-prima, A Reconstrução Negra na América (Black Reconstruction in America), lançada em 1935, desafiou a ortodoxia até então prevalente de que os negros foram responsáveis pelos fracassos da Reconstrução dos Estados Unidos. Ele escreveu o primeiro tratado científico no campo da sociologia e publicou três autobiografias, cada uma contendo ensaios perspicazes sobre sociologia, política e história. Como editor do jornal da NAACP, The Crisis, publicou diversos textos influentes. Du Bois acreditava que o capitalismo era a causa primária do racismo e foi simpático às causas socialistas durante toda sua vida. Foi um ardente ativista da paz e defendia o desarmamento nuclear. A Lei dos Direitos Civis, que incorporava muitas das reformas que Du Bois defendeu toda sua vida, foi promulgada um ano após sua morte.
 Se liga: Normalmente se consideram Henry Sylvester Williams e o Dr. William Edward Burghardt Du Bois como os pais da Pan-Africanismo. No entanto, este movimento social, com várias vertentes, que têm uma história que remonta ao início do século XIX. O Pan-Africanismo tem influenciado a África a ponto de alterar radicalmente a sua paisagem política e ser decisiva para a independência dos países africanos. Ainda assim, o movimento tem conseguido dois dos seus principais objetivos, a unidade espiritual e política da África, sob o pretexto de um Estado único, e pela capacidade de criar condições de prosperidade para todos os africanos.
Um afro abraço.
fonte:Wikipédia, a enciclopédia livre.

domingo, 19 de janeiro de 2014

.“MERCADO LIVRE”: AINDA TENTADO ANALISAR SEM PAIXÃO A PROPAGANDA RACISTA CONTINUADA E ANUNCIA VENDA DE MENINAS E MENINOS NEGROS POR 1 REAL...

A naturalidade com que o racismo é tratado pela grande massa é tamanha que não houve até o momento por parte do Mercado Livre nenhum tipo de controle que pudesse barrar o ser humano como mercadoria, mesmo se tratando de uma piada de muito mal gosto o anuncio foi criado, aprovado, disponibilizado e a compra pode ocorrer normalmente.
Racismo não tem graça:

Dou de cara com a imagem de 2 crianças negras na minha time line no facebook. Me chama a atenção o fato da imagem aparecer no famoso site de compra e venda estilo faça você mesmo chamado Mercado Livre, seria uma foto, uma imagem um serviço? Meu choque me paralisa diante do produto disponível para lances de R$1,00. São negros a venda! Homens, mulheres ou crianças. Segundo o anuncio por apenas R$1,00 você adquire um negro, e eles possuem diversas funções com destaque para: carpinteiros, pedreiros, cozinheiros, seguranças de boate, vassoureiros, garis e faxineiros...

O racismo mata

Entre 2002 e 2007, o número de homicídios cujas vítimas eram jovens negros aumentou 49%. De cada 100 mil habitantes, morrem por homicídio 30,3 brancos e 68,5 negros. A probabilidade de ser vítima de homicídio é 12 vezes maior para adolescentes homens e, dentro desse grupo, quatro vezes maior para jovens negros. De cada três jovens assassinados, dois são negros. A população negra teve 73% de vítimas de homicídio a mais do que a população branca.

Os negros são mortos em proporções tão altas, em comparação ao restante da população, porque existe uma cultura racista no Brasil, onde os negros são vistos como tendo menos valor, onde os negros são hiperssexualizados como “negões pauzudos” ou “mulatas rebolantes”, onde o negro é sempre o preguiçoso ou o malandro, o atleta ou o faxineiro, mas nunca (ou raramente) o físico quântico ou o médico, o enxadrista ou galã pegador.Se você faz piadas que confirmam os lugares-comuns dessa cultura racista, que distorcem de maneira pejorativa a imagem o negro (inclusive usar o verbo “denegrir”), que comparam o negro a animais, que classificam o tipo de cabelo característico dos negros de ruim, que associam o negro à pobreza, ao crime, à ignorância e a tudo o que há de mais baixo na escala social, então você possibilita e reforça essa cultura assassina.

A sociedade entende como a piada possível, essa é a relação Negro x Mercadoria da qual falamos incansavelmente nos nossos escritos e somos rebatidas com o argumento de que se trata de exagero da nossa parte ou a sociedade é cúmplice???.

O negro não só é tratado como mercadoria, como ainda precisamos lidar com quem não enxerga os motivos pelos quais uma luta é necessária.

Ao contrario do que você pode estar pensando agora, este não é um item pontual, isto é a personificação do dia a dia dos negros e negras do nosso pais...


Infelizmente e apesar de centenas de reclamações de clientes, a administração da página “Mercado Livre” cuidou mais em deletar comentários de clientes indignados e deixar comentários nazistas além de ter duas mil curtidas de aprovação no Facebook.

Sem mais:UNEGRO/RJ

Nota oficial do Mercado Livre:NÓS DA REDE MAMATERRA CONCLAMAMOS A TODOS OS ANTIRACISTAS DO BRASIL E DO MUNDO, A NUNCA MAIS ACESSAREM NEM REALIZAREM COMPRAS OU VENDAS NESTA PÁGINA...
fonte:facebook

Angela Yvonne Davis...

Angela Yvonne Davis (Birmingham, 26 de janeiro de 1944) é uma professora e filósofa socialista estado-unidense que alcançou notoriedade mundial na década de 1970 como integrante do Partido Comunista dos Estados Unidos, dos Panteras Negras, por sua militância pelos direitos das mulheres e contra a discriminação social e racial nos Estados Unidos e por ser personagem de um dos mais polêmicos e famosos julgamentos criminais da recente história americana.

Angela nasceu no estado do Alabama, um dos mais racistas do sul dos Estados Unidos e desde cedo conviveu com humilhações de cunho racial em sua cidade. Leitora voraz quando criança, aos 14 anos participou de um intercâmbio colegial que oferecia bolsas de estudo para estudantes negros sulistas em escolas integradas do norte do país, o que a levou a estudar no Greenwich Village, em Nova Iorque, onde travou conhecimento com o comunismo e o socialismo teórico, sendo recrutada para uma organização comunista de jovens estudantes.

Na década de 1960, Angela tornou-se militante do partido e participante ativa dos movimentos negros e feministas que sacudiam a sociedade americana da época, primeiro como filiada da SNCC de Stokely Carmichael e depois de movimentos e organizações políticas como o Black Power e os Panteras Negras.

Depois de estudar filosofia nos EUA e na Europa, e de militar no movimento anti-racista dos “Panteras Negras” nos anos de 1960, se converteu à uma causa célebre mundial ao ser presa por suspeita na participação do assassinato de um juiz em 1970. Quando foi absolvida em 1972, ela havia se convertido em um ícone dos movimentos sociais e o personagem de canções como “Angela”, de John Lennon e Yoko Ono, e “Sweet Black Angel”, dos Rolling Stones.

Em 1981 publicou “Mulher, Gênero e Raça”, uma das análises pioneiras sobre as

discriminações de gênero e raciais. Continuou este trabalho na década seguinte com o livro “O Legado do Blues e o Feminismo Negro” (1999), no qual explora a conexão deste gênero musical com o feminismo e a cultura afrodescendente. Na última década, Davis se dedicou às denúncias.

Dirigida por Shola Lynch, o filme narra os padecimentos de Davis há 42 anos, quando foi envolvida pelo FBI no sequestro e morte do juiz Harold Haley, do condado de Marin, na California. Angela acabou por ser absolvida, apesar da pressão que fez contra ela o governador da California, Ronald Reagan, o qual, em 1969, conseguira expulsá-la da Universidade da California (UCLA) pela declarada militância de Davis no Partido Comunista.

Foragida da Justiça, na qual evidentemente não confiava, Angela Davis chegou a integrar, aos 24 anos, a lista dos 10 foragidos mais procurados do FBI, até afinal ser localizada e presa, em outubro de 1970. Cresceu então uma campanha internacional por sua libertação, que contou com a solidariedade até de John Lennon e Yoko Ono, que compuseram a canção “Angela” para seu LP Some Time in New York City (1972) , e dos Rolling Stones, que gravaram um single, “Sweet Black Angel”, incluído em seguida no álbum Exile on Main Street (1972).

“Libertem Angela Davis e todos os presos políticos” – a frase que Shola Lynch escolheu para título do seu documentário.


Estavam decididos a matar um inimigo imaginário que estava sendo construído. E eu era a encarnação perfeita do inimigo que eles começavam a construir: negra, mulher e comunista. Quando o FBI começou a me perseguir, aproveitaram prender centenas de mulheres negras e jovens como eu. Aproveitaram a situação para tentar espalhar o medo em toda a comunidade negra nos EUA.

Hoje, em meu país, há 2,5 milhões de pessoas encarceradas. Um, de cada 37 adultos vive no sistema penitenciário. É porcentagem altíssima. Os EUA somos o país de maior população encarcerada no mundo.

Tema de músicas de John Lennon e Yoko Ono (Angela), além dos Rolling Stones (Sweet Black Angela), a hoje professora da Universidade da Califórnia continua ativista. Seu espaço de luta é o movimento anticarcerário e a mobilização de mulheres. Em ambos, ela enfatiza que o racismo continua muito presente, mesmo no país que reelegeu como presidente Barack Obama. “Pessoas que estão encarceradas dizem que um homem negro na Casa Branca não é suficiente para anular um milhão de homens negros na casa-grande, ou seja, no sistema carcerário”. Ela conversou com a Muito na sua quarta passagem pela Bahia, onde teve como principal compromisso participar de um fórum na Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), em Cachoeira.


Hoje, a intelectual e professora universitária, formada na Universidade de Frankfurt onde estudou sob orientação de Herbert Marcuse, Angela Davis participou do Festival Internacional de Cinema de Toronto [Toronto International Film Festival], no dia 15 de setembro, para apoiar o lançamento do documentário Free Angela & All Political Prisoners [Liberdade para Angela & Todos os Prisioneiros Políticos].

Sua cruzada hoje é pelos afrocolombianos que vivem nas minas do norte de Cauca desde

1636. O Estado privatizou dez mil hectares desde 2002 e agora quer desalojar-los. A situação tem se tornado bastante violenta: oito mineiros foram assassinados em abril e vários líderes comunitários já foram ameaçados. Existem alguns mandatos de segurança em curso.

Um afro abraço.

fonte:Wikipédia, a enciclopédia livre

sábado, 11 de janeiro de 2014

lendas Africanas: NOZ-DE-COLA

Em toda a África Ocidental, os jovens, os velhos, os homens, as mulheres, todo mundo gosta de lambiscar noz-de-cola, uma frutinha muito conhecida por lá. Os velhos, especialmente, têm sempre uma, duas ou três no fundo do bolso…

De manhã, a gente sabe o que tem de saber de manhã. De noite, a gente sabe o que tem de saber de noite. Quem cultiva a terra conhece a paciência.
Naquele dia, Noz-de-Cola cultivava o pedaço de terra que ele havia limpado. Preparava o solo para plantar inhame, afogando com sua daba. Não muito longe dali, havia uns gênios dos campos. Mal ouviram o barulho da daba revolvendo o solo, perguntaram:

- Quem está trabalhando este roçado?

Noz-de-cola respondeu:

- Sou eu! Desmatei, limpei e agora estou preparando a terra para plantar inhame.

Os gênios chamaram imediatamente seus filhos e foram ajudar Noz-de-Cola. Antes tinha terminado. Era meio-dia em ponto quando Noz-de-Cola, feliz da vida, voltou para a aldeia.

Depois, quando Noz-de-Cola foi plantar seu inhame, a mesma coisa aconteceu: os gênios dos campos e seus filhos vieram acudi-lo.

Depois, quando Noz-de-Cola votou à sua roça para capinar em torno dos pés de inhame, os gênios, que continuavam por lá, perguntaram:

- Quem está trabalhando este roçado?
- Sou eu, Noz-de-Cola, capinando em torno dos meus pés de inhame.

No mesmo instante, os gênios vieram ajudar Noz-de-Cola e capinaram rapidinho em torno dos inhames.

Agora Noz-de-Cola podia esperar o tempo passar até que chegasse a hora de colher seus inhames. Por isso, ele viajou ao sul e ao leste para visitar o povo da água e o povo da floresta, deixando a roça aos cuidados da sua mulher.
Um dia, quando ela vigiava a roça como filhinho nas costas e apanhava lenha, o menino começou a chorar. Para acalmá-lo, ela quis catar um pequeno inhame, um inhame miudinho que ainda não tinha tido tempo de crescer.

Quando desenterrava esse pequeno inhame para dar ao neném, os gênios dos campos perguntaram:

- Quem está cavando aí?

Ela respondeu:

- Sou eu, a mulher de Noz-de-Cola. Estou desenterrando um inhamezinho para acalmar meu bebê.

No mesmo instante, os gênios e seus filhos vieram ajudar a mulher de Noz-de-Cola e logo tiraram do chão todos os inhames miúdos, amontoando-os na beira do campo.

A mulher de Noz-de-Cola, ao ver aquele desastre, pôs-se a chorar. E ainda chorava quando Noz-de-Cola voltou da viagem. Ele perguntou:

- Está chorando por quê?

Ela explicou. Fulo da vida, ele lhe deu uma bofetada. Os gênios dos campos, que continuavam por lá, ouviram o barulho da bofetada e perguntaram:



- Quem está batendo assim?
- Sou eu, Noz-de-Cola, esbofeteando minha mulher.

No mesmo instante, os gênios e seus filhos vieram ajudar Noz-de-Cola. Eles bateram tanto, que mataram a mulher.
Noz-de-Cola nem precisou interrogar o cadáver para entender de que ela tinha morrido! Desatou a chorar. Foi então que um mosquito veio picá-lo no braço. Para defender-se, ele deu um tapa com toda a força no lugar da picada, mas sem acertar o inseto. Os gênios dos campos, que continuavam pó lá, perguntaram:

- Quem está batendo assim?
- Sou eu, Noz-de-Cola, tentando matar um mosquito que veio me picar.

No mesmo instante, os gênios e seus filhos vieram ajudar Noz-de-Cola, desferindo-lhe uma saraivada de tapas.
Ainda bem que Noz-de-Cola era rápido na corrida. Conseguiu chegar à aldeia em disparada e refugiar-se no bolso de um velho. É por isso que, desde então, sempre tem uma noz-de-cola no bolso dos velhos.

 
Um afro abraço.

FONTE: OLIVEIRA, A. A criança na literatura tradicional angolana. Tese de doutoradoapresentada à Universidade Nova de Lisboa. Leiria: Ed. Magno, 2000.PINGUILLY, Y. Contos e lendas da África. São Paulo: Companhia das Letras,2005.REPÚBLICA DE ANGOLA. Angola: O futuro começa agora. Paris: Éditions Hervas,É assim que acaba meu conto.


Favelas as grandes vítimas do coronavírus no Brasil

O Coronavírus persiste e dados científicos se tornam disponíveis para a população, temos observado que a pandemia evidencia como as desigual...