UNEGRO - União de Negras e Negros Pela Igualdade. Esta organizada em de 26 estados brasileiros, e tornou-se uma referência internacional e tem cerca de mais de 12 mil filiados em todo o país. A UNEGRO DO BRASIL fundada em 14 de julho de 1988, em Salvador, por um grupo de militantes do movimento negro para articular a luta contra o racismo, a luta de classes e combater as desigualdades. Hoje, aos 33 anos de caminhada continua jovem atuante e combatente... Aqui as ações da UNEGRO RJ

domingo, 10 de fevereiro de 2013

Samba Cantado Parte 3ª: Primeiro Interprete Jamelão

José Bispo Clementino dos Santos, mais conhecido como Jamelão (Rio de Janeiro12 de maio de 1913 – Rio de Janeiro, 14 de junho de 2008), foi um cantor brasileiro, tradicional intérprete dos sambas-enredo da escola de samba Mangueira.
Sua trajetória:
Nasceu no bairro de São Cristóvão e passou a maior parte da juventude no Engenho Novo, para onde se mudou com seus pais. Lá, começou a trabalhar, para ajudar no sustento da família - seu pai havia se separado de sua mãe. Levado por um amigo músico, conheceu a Estação Primeira de Mangueira e se apaixonou pela escola de samba.
Paralelamente à vida de cantor de rádio e boates, Jamelão começou a fazer história na Mangueira, da qual passou a fazer parte aos 14 anos sem  quaisquer pretensões artísticas. Ia para a avenida para tocar tamborim e paquerar as meninas. O cantor começou a desfilar na escola em 1933, primeiro na bateria, tocando tamborim e pandeiro num tempo em que ainda não existia samba enredo. Depois, na década de 50, Jamelão assumiu o posto de puxador de samba oficial da Mangueira, que ocupa até que sua saúde permitiu. Naquela época, a Avenida Marquês de Sapucaí ainda não era o palco dos desfiles, que eram realizados na Praça Onze, também no centro do Rio de Janeiro. Sem os microfones e toda a aparelhagem de som dos carnavais contemporâneos, o puxador da escola levava o samba no gogó, às vezes com o auxílio apenas de um megafone.
Segundo ele, lá "paravam os batuqueiros", para fazer um "samba pesado. Samba duro, de roda". Essas rodas de samba, vez por outra, acabavam com a chegada da polícia. A explicação de Jamelão é que nessas rodas sempre aparecia um "Zé Mané querendo fazer o nome. A rapaziada, então, pegava ele na pernada. O sujeito guardava a raiva e voltava no ano seguinte, querendo vingança. Já vinha armado e aconteciam brigas sérias. A polícia sempre intervinha".  Passou para o cavaquinho e depois conseguiu trabalhos no rádio e em boates. Foi "corista" do cantor Francisco Alves e, numa noite, assumiu o lugar dele para cantar uma música de Herivelto Martins, outra diferença apontada por Jamelão foi a inversão dos papéis do cantor e do compositor com o passar do tempo. “Antigamente, o compositor procurava o cantor para ter suas músicas gravadas”, lembra o intérprete que imortalizou sucessos de Ary Barroso e Lupicínio Rodrigues, entre outros mestres do samba. “Hoje, o cantor é que procura o autor, mas nem sempre consegue a cessão de direitos para a gravação das músicas”, diz. “Os compositores querem cantar suas próprias canções.” O resultado disso, na opinião do cantor, é a falta de renovação na música brasileira. “Até pode ter gente hoje comparável ao pessoal da antiga, como Cartola e Ismael Silva, mas ninguém repara porque tem um monte de gente cantando sempre a mesma coisa. Ninguém quer arriscar, sair do filão.”

Primeiro Interprete de Samba enredo .
Nessa época, Jamelão começava a enfrentar problemas com a pressão e, segundo sua mulher, Delice, "estava cansado". Mas, no ano seguinte, ele voltou a ativa e não para mais. Continua, até hoje, sendo o intérprete dos samba-enredo da verde e rosa. Aliás, Jamelão não é puxador de samba. Segundo ele, "puxador é quem fuma maconha ou rouba carro". Ele é intérprete. 
Nessa época, Jamelão começava a enfrentar problemas com a pressão e, segundo sua mulher, Delice, "estava cansado". Mas, no ano seguinte, ele voltou a ativa e não para mais. Continua, até hoje, sendo o intérprete dos samba-enredo da verde e rosa. Aliás, Jamelão não é puxador de samba. Segundo ele, "puxador é quem fuma maconha ou rouba carro". Ele é intérprete. 
Nessa época, Jamelão começava a enfrentar problemas com a pressão e, segundo sua mulher, Delice, "estava cansado". Mas, no ano seguinte, ele voltou a ativa e não para mais. Continua, até hoje, sendo o intérprete dos samba-enredo da verde e rosa. Aliás, Jamelão não é puxador de samba. Segundo ele, "puxador é quem fuma maconha ou rouba carro". Ele é intérprete. No carnaval de 98, Jamelão conquistou seu sexto estandarte de ouro como intérprete de samba enredo no carnaval carioca. Em 1999, foi eleito o intérprete do século do carnaval carioca por 80 jurados do Rio e de São Paulo, em um prêmio oferecido a profissionais, enredos e sambas.
Ganhou o apelido de Jamelão: um apelido varias versões:
1ª - O apelido ele ganhou por acaso, antes de começar a cantar. Numa gafieira, José Bispo foi vítima de uma brincadeira dos amigos, que pediram ao gerente para chamar o ainda aprendiz de cantor ao palco. Sem saber o nome do futuro intérprete, o gerente o apresentou como Jamelão. O apelido pegou e, a partir daí, o nome José Bispo começou a ser esquecido. Da época áurea do rádio, o cantor guarda boas lembranças. “Você gravava um disco, entregava na rádio, ia embora e eles tocavam”, conta. “Hoje, se você não tiver um bom dinheiro no bolso, isso não acontece.”
2ª -Jamelão, em 1945, participou, sem sucesso, de um programa de calouros na Rádio Ipanema. Talvez tenha sido nesse programa que ele ganhou seu apelido. Segundo o próprio Jamelão, quando ele saiu dos estúdios, ouviu o apresentador "anunciar determinada música a ser interpretada por Jamelão". Quando ouviu isso, ainda se perguntou: "quem seria esse tal de Jamelão?" Para sua surpresa o Jamelão era ele, pois o contínuo da Rádio Ipanema veio afobado e, segundo contou o próprio cantor em depoimento no Museu da Imagem e do Som, no Rio, "ele me chamou, dizendo que era hora de eu entrar em cena para defender a música".  
Mas há uma outra versão para essa mesma história da qual fonte é também o próprio Jamelão. Ao ser perguntado a respeito do apelido, em uma entrevista concedida em 1998 ao "Jornal do Brasil", Jamelão disse: "É coisa de garoto. Minha mãe era doméstica e trabalhava no Colégio Independência, na rua Bela Vista, no Engenho Novo. A gente morava nos fundos do colégio, num barraco. Quando comecei a jogar futebol no Piedade Futebol Clube, a turma costumava sair e ir jantar num restaurante. Um dia me levaram para a gafieira e lá surgiu o nome Jamelão. O pessoal na brincadeira falou para o gerente que eu gostava de cantar. Não é que eu gostasse, eu sabia as músicas da época, a gente cantava junto. O cara não sabia meu nome e foi para o microfone e anunciou Jamelão. 
No carnaval de 1990, Jamelão anunciou o fim da sua carreira de intérprete de escola de samba. Durante o que seria seu último desfile, Jamelão -que havia chegado ao sambódromo com febre alta- passa mal, mas consegue terminar o desfile. 
Na praça da apoteose, ele anunciou, pelo microfone do carro de som, sua decisão de parar de cantar em desfiles, dizendo: "Queria agradecer a toda a escola, à bateria, maravilhosa. Estou encerrando aqui meu trabalho como intérprete de samba-enredo." 
Nessa época, Jamelão começava a enfrentar problemas com a pressão e, segundo sua mulher, Delice, "estava cansado". Mas, no ano seguinte, ele voltou a ativa e não para mais. Continua, até hoje, sendo o intérprete dos samba-enredo da verde e rosa. Aliás, Jamelão não é puxador de samba. Segundo ele, "puxador é quem fuma maconha ou rouba carro". Ele é intérprete. 
Em 1997, a gravadora Continental lançou a coletânea "Jamelão - A Voz do Samba", em 3 CDs, com a compilação de 33 anos de sua carreira do cantor. Nesse ano Jamelão também participou junto com Alcione, Carlinhos Vergueiro, Chico Buarque, Christina, João Nogueira, Lecy Brandão, Nelson Sargento e Velha Guarda da Mangueira da gravação do CD "Chico Buarque da Mangueira". 
 Jamelão continuou apostando no samba canção, gênero que nunca abandonou desde o início da carreira. No novo disco, ele canta doze músicas de um autor desconhecido, Alberto Gino, além de uma dele próprio em parceria com Luís Antônio Xavier, e outra de Anselmo Mazzoni com Victor Hugo. “Procurei gravar um disco novo. Quero que as pessoas ouçam e analisem.” O cantor só não vai conseguir se apresentar como gostaria, acompanhado da orquestra de 20 músicas que participou da gravação do disco. “O que lhe custaou muito caro se apresentar com orquestra. Antigamente era mais fácil” dizia...
Para muitos críticos, essa faceta de Jamelão o coloca como um dos maiores cantores de músicas de "dor de cotovelo", enquanto que para o próprio Jamelão elas são todas músicas de "cantor romântico". 
Em 1994, pela primeira vez na história da Mangueira, Jamelão dividiu a interpretação de um samba-enredo, ao gravar com Caetano Veloso, Gal Costa, Gilberto Gil e Maria Bethânia a música de sua Escola no disco com os sambas das escolas do Grupo Especial daquele carnaval. A idéia de juntar Jamelão e os baianos homenageados pela escola foi de Ivo Meirelles, então vice-presidente da Mangueira. O samba gravado é "Atrás da Verde e Rosa Só Não Vai Quem Já Morreu", de Davi Corrêa, Carlinhos Sena, Bira do Ponto e Paulinho Carvalho. 
De 1949 até 2006, Jamelão foi intérprete de samba-enredo na Mangueira, sendo voz principal a partir de 1952, quando sucedeu Xangô da Mangueira. Em janeiro de 2001, recebeu a medalha da Ordem do Mérito Cultural, entregue pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso.
Diabético e hipertenso, Jamelão teve problemas pulmonares e, desde 2006, sofreu dois derrames. Afastado da Mangueira, declarou em entrevista: "Não sei quando volto, mas não estou triste."
Casado com Delice , Jamelão continua morando no apartamento de Vila Isabel e, por enquanto, nem cogita da possibilidade de se aposentar. “Enquanto eu puder cantar e continuarem me chamando, eu canto”, afirma. “Tem outros que perderam a voz, mas felizmente Deus ainda me permite cantar.”
Jamelão morreu às 4hs do dia 14 de junho de 2008, aos 95 anos, na Casa de Saúde Pinheiro Machado, em sua cidade natal, por falência múltipla dos órgãos. O enterro foi no Cemitério São Francisco Xavier, no bairro do Caju, no Rio de Janeiro.

Se liga:
Essa gênio forte, que para muitos é fruto apenas de um mau humor crônico, talvez venha da vida dura de garoto pobre nos subúrbios do Rio, ou dos problemas enfrentados por Jamelão em sua carreira, tais como o preconceito racial, pois o próprio cantor já disse que:
"O artista negro sempre encontra uma barra mais pesada. No meio musical todo mundo quer o crioulo, mas para fazer figuração, para tocar pandeiro e agogô e as negras para sambar. Para ser estrela não serve, tem de ser branco e de preferência boa pinta. Não grito contra isso porque sei que as pessoas que hoje me desprezam amanhã vão me amar. Mas já fui deixado de lado em função de outros caras só porque eles eram brancos". 
Um afro abraço.

UNEGRO 25 ANOS DE LUTA...
REBELE-SE CONTRA O RACISMO!
fonte:www.terra.com.br/istoegente/wikipedia.org/almanaque.folha.uol.com.br

As escolas de samba... :2ª parte

As escolas de samba mais conhecidas são as da cidade do Rio de Janeiro e sua região metropolitana, que desfilam no Sambódromo da Marquês de Sapucaí, e as de São Paulo, que desfilam no Sambódromo paulistano. Essas escolas, realizam um espetáculo considerado suntuoso, que atrai turistas de várias partes do mundo. Porém, há escolas de samba em quase todos os estados brasileiros e em muitos países do mundo.São consideradas uma das principais, se não a principal vitrine do carnaval brasileiro, e atualmente vêm ganhando cada vez mais um aspecto cênico, com alguns componentes executando dramatizações teatrais ou coreografias.
A expressiva maioria das escolas de samba, principalmente as do Rio de Janeiro, possui em sua denominação a expressão "Grêmio Recreativo Escola de Samba" (representada pela sigla GRES) antes do seu nome propriamente dito. Em São Paulo é também comum a sua derivação "Grêmio Recreativo Cultural e Escola de Samba". Há exceções, como a "Sociedade" Rosas de Ouro e a tradicional"Agremiação Recreativa e Escola de Samba" Vizinha Faladeira. Essa padronização nas nomenclaturas das entidades surgiu em 1935, quando as agremiações carnavalescas cariocas foram obrigadas a tirar um alvará na Delegacia de Costumes e Diversões para poderem desfilar. O delegado titular, Dulcídio Gonçalves, decidido a dar um aspecto de maior organização aos desfiles de escolas de samba, negou-se a conceder o alvará para associações com nomes considerados esdrúxulos, razão pela qual a GRES Portela teve que mudar para o nome atual, ao invés do anterior Vai Como Pode.

Ao contrário da Rose Parade, na qual a maior parte do trabalho é feita por profissionais de elevado custo, o desfile de cada escola de samba é um trabalho totalmente da comunidade. Muito além de um grupo musical, as escolas tornaram-se associações de bairro que cobrem a problemática social das comunidades que elas representam (tais como recursos educacionais e de cuidados médicos).
Sua história:
A aparição das escolas de samba está ligada à própria história do carnaval carioca em si, bem como da criação do samba moderno. Foram os sambistas do Estácio, com a fundação da Deixa Falar, em 1928, que organizaram as bases das atuais escolas de samba, entre eles Ismael Silva, na sua idéia de criar um bloco carnavalesco diferente, que pudesse dançar e evoluir ao som do samba.

No entanto, entre 1930 e 1932, estas apenas foram consideradas como uma variação dos blocos, até que em 1932 o Jornal Mundo Sportivo, de propriedade do jornalista Mário Filho, decidiu patrocinar o primeiro Desfile de Escolas de Samba, na Praça Onze. Na redação do jornal - que também abrigava compositores de sucesso (tais como Antônio Nássara, Armando Reis e Orestes Barbosa), surgiu a idéia de realizar a organização de um desfile carnavalesco. O jornal, inaugurado no ano anterior por Mário Filho, irmão do jornalista Nelson Rodrigues, com o término do campeonato de futebol, estava sem assunto e perdia leitores; por este motivo, o jornalista Carlos Pimentel, muito ligado ao mundo do samba, teve a idéia de realizar na Praça Onze um desfile de escolas de samba, na época ainda grafadas entre aspas.Data de 1929 o primeiro concurso de sambas, realizado na casa de Zé Espinguela, onde saiu vencedor o Conjunto Oswaldo Cruz, e do qual também participaram a Mangueira e a Deixa Falar. Alguns consideram este como sendo o marco da criação das escolas de samba
A convite do Mundo Esportivo, 19 escolas compareceram. O jornal estabeleceu critérios para o julgamento das escolas participantes. A tradicional "ala das baianas" era pré-requisito para concorrer, sendo que as escolas, todas com mais de cem componentes, deveriam apresentar sambas inéditos e não usar instrumento de sopro, entre outras exigências.
A escola vencedora foi a Estação Primeira da Mangueira, enquanto o segundo lugar coube ao grupo carnavalesco de Osvaldo Cruz, hoje Portela. O sucesso garantiu a oficialização do concurso que permaneceu na Praça Onze até 1941 Com o tempo, as escolas de samba aproveitaram muitos elementos trazidos pelos ranchos, tais como o enredo, o casal de mestre-sala e porta-bandeira e a comissão de frente, elementos aos quais Ismael Silva, ao idealizar o Deixa Falar, era contrário.
Porém, as contribuições da Deixa Falar - que nunca chegou a desfilar como escola de samba realmente - foram fundamentais para fixar as características principais das escolas atuais. Entre elas destacam-se: o gênero musical (samba moderno), o cortejo capaz de desfilar sambando, o conjunto de percussão, sem a utilização de instrumentos de sopro, e a ala das baianas.

Com a ascensão do nacionalista Getúlio Vargas, e a fundação da União Geral das Escolas de Samba, em 1934 - ainda que a marginalização do samba persistisse por algum tempo - as escolas de samba começaram a se expandir e a ganhar importância dentro do carnaval carioca, suplantando os ranchos e as sociedades carnavalescas na preferência do público, até que estes viessem a se extinguir. Não demorou muito para que as escolas de samba também se expandissem para outros estados, com a fundação em 1935 da Primeira de São Paulo, a primeira escola de samba de São Paulo. Os concursos oficiais de Escolas de Samba na capital paulista só começaram em 1950, com a vitória da Lavapés, porém antes disso já existiram outros torneios de âmbito sub-municipal e também estadual. No início dos anos 1960, com a decadência dos cordões carnavalescos em São Paulo, alguns destes grupos, como o Vai-Vai e o Camisa Verde e Branco tornaram-se também escolas de samba.
Em Porto Alegre a primeira Escola de Samba considerada " moderna" foi a Academia de Samba Praiana, que em 1961, revolucionou o desfile de Porto Alegre. Até então, existiam blocos, cordões e tribos carnavalescas. A Praiana foi a primeira escola de samba do Rio Grande do Sul a introduzir enredos, alas, baianas, mestre-sala e porta-bandeira e outras características das escolas de samba do Rio de Janeiro.
Em 1952, foi criado pela primeira vez, no Rio de Janeiro, o Grupo de acesso, devido ao grande número de escolas previsto para o desfile. Naquele ano, o desfile do grupo de acesso (Grupo 2, atual Grupo RJ-1) foi realizado e teve seu julgamento, porém o desfile do grupo principal (Grupo 1, hoje Grupo Especial) realizado sob fortes chuvas, teve o julgamento anulado, motivo este de não ter havido rebaixamento, apenas ascensão das primeiras colocadas do Grupo 2.
Em 1953, a partir da fusão da UGESB com a FBES, surge a Associação das Escolas de Samba da Cidade do Rio de Janeiro,que organizaria o desfile até a criação da LIESA, liga formada pelas escolas de samba da divisão principal, que passou a ser chamada de Grupo Especial. Em 2008, foi criada, para o carnaval do ano seguinte, a LESGA, com as escolas do segundo grupo passando também a ter sua liga própria. A criação da LIESA inspirou entidades semelhantes em outras cidades, como por exemplo a LIGA-SP.
Em 1984, no Rio de Janeiro, durante o Governo de Leonel Brizola, foi criado o Sambódromo, um espaço definitivo para a apresentação das escolas de samba, obra muito criticada pelas Organizações Globo. A recém-criada Rede Manchete transmite o desfile e alcança o primeiro lugar em audiência. Anos depois, em São Paulo, a prefeita Luiza Erundina fez o mesmo, criando o Sambódromo do Anhembi.

Um afro abraço.


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fonte:a enciclopédia livre/www.suapesquisa.com/carnaval/historia

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Origem e história das escolas de samba do Brasil : 1ª Parte

samba é um gênero musical, do qual deriva de um tipo de dança, de raízes africanas, surgido no Brasil e considerado uma das principais manifestações culturais populares brasileiras...
As primeiras escolas de samba do Brasil pouco se pareciam com as de hoje em dia. Muito menores, não tinham a estrutura rígida das estrelas da Sapucaí – nem o mesmo luxo.
Escola de samba é um tipo de agremiação de cunho popular que se caracteriza pelo canto e dança do samba, quase sempre com intuito competitivo.
A primeira  escola de samba  foi organizada em 1927 (sic), com Nascimento, Saturnino, Ismael Silva e muitos outros fundamos a Escola de Samba Deixa eu Falar, criada no Rio de Janeiro, no fim da década de 1920 pelo o compositor Ismael Silva. Ele e um grupo de amigos, que incluía sambistas como Pixinguinha, se reuniam periodicamente nos bares ou casas de amigos no bairro Estácio de Sá. O termo “escola de samba” foi cunhado por eles, por causa de uma piada interna: enquanto a Escola Normal, que ficava na região, formava professores, a Deixa falar formava professores de samba. a primeira do Brasil.   criada no bairro carioca do Estácio,  e registrada em 1928, é a história contada pelo sambista Ismael Silva. No livro "O Pulo do Gato", o autor Márcio Cotrim conta a história da origem do nome. (data fornecida pelo compositor Ismael Silva), foi chamada de escola de samba pelos seus fundadores por ter sido concebida pelos mestres do samba carioca.

 Nessa época, já existia uma separação de funções nas escolas: compositores, instrumentistas, sambistas e dançarinas (que eram chamadas de pastoras). As mulheres se fantasiavam de baianas (foi daí que surgiu a ala das baianas, hoje obrigatória nos desfiles). Os homens, por sua vez, usavam camisas listradas e chapéus de palha, inspirados em capoeiristas da época – figurino que foi imortalizado como a típica imagem do malandro carioca.

A partir da metade dos anos 1950, esses grupos começaram a se fundir, formando organizações cada vez maiores e a adquirir uma estrutura administrativa mais rígida, com diretores, conselheiros, tesoureiros e secretários.
A designação escola de samba está associada à escola normal, que funcionava no Estácio, sendo os sambistas de fama então chamados de mestres ou professores. Surgiram depois as escolas de samba da Portela, Mangueira e Unidos da Tijuca", (contaria Heitor dos Prazeres em uma entrevista para Muniz Sodré, da revista "Manchete", em 1966.)
"Escola porque ficava perto de uma escola pública do bairro e porque Ismael achava que seu grupo formaria professores do samba. O nome repetiu a frase de que ele tanto gostava: 'Deixa falar, nós também somos mestres. Somos uma escola de samba!"
A obra decifra a origem de palavras e expressões populares. Cotrim é carioca, jornalista, escritor e atualmente o diretor-executivo da Fundação Assis Chateaubriand, órgão corporativo do grupo Associados de comunicação.Entre as expressões explicadas no texto de Cotrim, estão "não entender patavina", "tirar o cavalo da chuva", "agora é tarde, Inês é morta", "estar na pindaíba", "fazer uma vaquinha", "meter a mão em cumbuca", "Maria vai com as outras", "O importante é competir", "O pior cego é o que não quer ver".
De acordo com a obra, o primeiro samba da Deixa Falar a ser documentado foi publicado na edição de 9 de fevereiro de 1929 do jornal "A Crítica". "Lá no Estácio tem/Tem sim, meu bem/Uma mulata faceira/Trigueira e brejeira/Que não ama ninguém/A guapa melindrosa/Eu há tempos namorei/Porque vendo está mulata/Lá no Estácio de Sá/ Que encanta e me maltrata/Do Bloco Deixa Falar/Mas perdi toda a esperança/Porque a vi conversar/Com Francelino/Que é o bamba do lugar."
Além de Ismael Silva e Heitor dos Prazeres, entre os participantes da "escola" estava o compositor Alcebíades Barcelos, conhecido como Bide, considerado o inventor do surdo. O Deixa Falar foi o primeiro grupo a usar a batida ritmada do instrumento em suas performances, além de criar muitas nuances do carnaval como conhecemos hoje.
Em 1932, quando surgiram as escolas de samba de fato, em um desfile organizado só para elas a partir de uma promoção do jornal "Mundo Esportivo", o bloco preferiu passar para o status de rancho. O grupo acabou em 1933 por problemas administrativos.

Se liga:
Apesar do fim nada glorioso, o Deixa Falar contribuiu extraordinariamente para o carnaval carioca e para a própria música popular brasileira. O título de escola de samba a que ele próprio se atribuía foi adotado pelos blocos carnavalescos que surgiam, espalhou-se pela cidade e deu início a uma nova forma de brincar o carnaval. O surdo e a cuíca, lançados por ele, tornaram-se indispensáveis na percussão do samba. O Deixa Falar deu a forma definitiva ao samba de carnaval, influenciando não só os chamados sambistas do morro como também os compositores profissionais, inclusive os mais destacados entre eles. Ari Barroso, por exemplo, iniciou a sua carreira lançando sambas, no estilo dos que eram feitos por Sinhô, mas aderiu imediatamente à escola de sambistas do Estácio. Os primeiros sambas de Noel Rosa já traziam a marca da música feita pelo pessoal do Deixa Falar. O seu parceiro mais constante, por sinal, foi Ismael Silva.
"O latim Serpentinu, relativo a serpente, originou em português o adjetivo serpentino, com o mesmo sentido. Serpentino passou para o feminino, serpentina, para designar, por analogia com o ofídio, tanto o conduto para aquecimento e resfriamento de fluidos, como a fita arremessada nas festas de carnaval."

Atualmente, escolas de samba ainda são instituições sem fins lucrativos organizadas em formato de grêmio recreativo esportivo social (daí a sigla G.R.E.S., que precede o nome das escolas). Ao longo do ano, realizam ações sócio-culturais envolvendo as comunidades onde estão inseridas. Isso vai desde recreação para crianças até aulas de línguas e oficinas profissionalizantes.
O objetivo principal, porém, é a organização do desfile de Carnaval. E é seu desempenho na avenida que vai determinar sua ascensão ou rebaixamento na hierarquia das escolas de samba. 
Um  afro abraço.
UNEGRO 25 ANOS DE LUTA...
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fonte:folha.uol.com.br/Wikipédia, a enciclopédia livre./FERREIRA, Felipe. O livro de ouro do carnaval brasileiro. Rio de Janeiro: Ediouro, 2005.ARAÚJO, Hiram. Carnaval: seis milênios de história. Rio de Janeiro: Gryphus, 2003.MORAES, Eneida de. História do carnaval carioca. Rio de Janeiro: Record, (1958) 1987.FERREIRA, Felipe. Inventando carnavais: o surgimento do carnaval carioca no século XIX e outras questões carnavalescas. Rio de Janeiro: Editora UFRJ, 2005.NÓBREGA FERNANDES, Nélson da. Escolas de Samba: Sujeitos Celebrantes e Objetos Celebrados. Rio de Janeiro: Coleção Memória Carioca, vol. 3, 2001.

Começou o processo para o Fórum Social Mundial 2013, na Tunísia

O Fórum Social Mundial 2013 (FSM 2013) será realizado em Túnis, 26-30 Março de 2013. Seu site foi lançado, e já começou o processo de registro de organizações participantes e de propostas de atividades. Na Secretaria local do FSM 2013 incluem dois pontos focais nacionais da Social Watch naquele país árabe: a Liga Tunisina dos Direitos Humanos (LTDH) e a Associação Tunisina das Mulheres Democratas (AFTD).

 A decisão sobre o local de realização do Fórum foi acertada pelo Conselho Internacional do FSM em Paris em julho passado e confirmada na cidade tunisiana de Monastir, após várias consultas aos movimentos sociais daquele país e outros do Norte Africano.
 
A ATFD, a LTHD, a União Geral dos Trabalhadores Tunisinos (UGTT), fórum Tunisina dos Direitos Econômicos e Sociais (FTDES), Raid Attac, União dos Universitários Desempregados de Túnis, a Associação de Mulheres da Tunísia para a pesquisa e Desenvolvimento (AFTURD), o Conselho Nacional para as Liberdades na Tunísia (CNLT) e a Associação Nacional de Procuradores integram a Secretaria local do FSM 2013.

 A Secretaria organizou a reunião em Monastir, iniciou discussões com as autoridades tunisinas e trabalhou para a inclusão de novos movimentos sociais e da expansão geográfica e temática do FSM 2013, essa tarefa não tem sido fácil devido às dificuldades inerentes a este país e em todo Magrebe apenas dois anos após o início de importantes mudanças políticas e sociais que continuam a abalar a região, disse que o Comitê de Monitoramento do Maghreb Fórum social. 

Além disso, o Ministério tunisino do FSM 2013 estabeleceu comitês que trabalharam durante vários meses, e fizeram um cronograma que foi aprovado pelo Comitê de Monitoramento do Fórum Social Magrebe:

15 de Outubro: Lançamento do website do FSM 2013 e do processo de registro para as organizações participantes e atividades propostas;

● 01 de dezembro: Encerramento da fase de proposta de atividades com sua publicação, com os respectivos detalhes de contato;

● De 2 a 15 de Dezembro: fase de consolidação;

●De 16 de dezembro - 31 janeiro 2013: Registro das solicitações de assembleias de convergências e alocação de espaço;

● A partir de 1 a 28 de fevereiro: Preparação do programa final e sua tradução em diferentes línguas para serem usados ​​no FSM 2013;

● A partir de 1 a 20 de março: Implementação da logística, impressão da agenda e organização do espaço físico do FSM 2013;

● 26 a 30 de março: Realização do FSM 2013;

● 30 de março: Cerimónia de Encerramento;

● De 31 março - 1 abril: Reunião do Conselho Internacional do Fórum Social Mundial na Tunísia.

O Comitê de Monitoramento do Fórum Social Maghreb e da Secretaria do FSM 2013 tunisino, convidaram sindicatos, associações, grupos e ativistas da sociedade civil da Tunísia, Magreb-Machrek, de toda a África, do Mediterrâneo e do mundo para que este décimo segundo FSM seja um sucesso em nível da organização e participação.


"Assim como fóruns anteriores, o FSM 2013 vai reunir homens e mulheres que lutam em suas comunidades e em suas vidas diárias contra a economia neoliberal, contra exigências dos mercados financeiros e contra o deslocamento das sociedades que lutam pela construção da democracia agora, pela igualdade de todos e de todas, pela solidariedade, justiça e paz, e pela preservação ambiental e defesa dos bens comuns ", declarou o Comité de Acompanhamento do Fórum Social Maghreb.

"Para alcaçar um FSM 2013 de sucesso, chamamos todos os movimentos sociais para participarem juntos no processo de implementação do fórum, para contribuir ativamente pela internacionalização das comissões (em termos de metodologia, logística, finanças, comunicação, mobilização, mulheres, cultura, juventude, etc.) Em particular, pedimos que redobrem os esforços na busca de recursos humanos e financeiros para uma maior participação no Fórum da Tunísia ", a Comissão.


Opróximos para a criação de um comitê diretivo inclusivo e integrador com os sindicatos, associações e novos movimentos, tanto em nível nacional, regional e internacional, para permiFSM 2013 terá um formato "spread", o que significa que ele irá envolver ativamente organizações, redes e movimentos da sociedade civil que assim desejar, venham de onde venham e qualquer que seja o tamanho da delegação enviada à Tunísia.
"O Comitê de Acompanhamento do Fórum Social Magreb e a Secretaria Tunisina do FSM 2013 se comprometem a realizar uma ampla consulta nosgarantir maior envolvimento e participação e o sucesso do FSM 2013 ", disse o comunicado regional. "Comprometemo-nos juntos a alcançar um exitoso 12º FSM na Tunísia, de 26 a 30 março de 2013 por outra Tunísia, por outro Maghreb-Mashreq, por outra Africano, por um outro mundo. Por uma primavera em flor, um outro mundo é possível ", concluiu o comunicado do Comitê Magrebe.
Um afro abraço

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 FONTE: Foro Social Mundial 2013: http://bit.ly/RlQpyE (tradução Frei Rodrigo Péret) 

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

A origem do carnaval:Ao pensarmos sobre o tema temos o hábito de considerá-lo como uma típica festa brasileira.


Ao pensarmos sobre o Carnaval, temos o hábito de considerá-lo como uma típica festa brasileira. A presença dessa festividade em nossa cultura é tão grande que muitos chegam a afirmar que o ano começa depois do Carnaval. No exterior, essa mesma festa se transformou em um dos grandes referenciais da cultura brasileira. No imaginário de muitos estrangeiros “carnaval” está entre as três primeiras palavras quando o assunto é Brasil. No entanto, podemos afirmar que o carnaval não é uma festa brasileira. Remontando pesquisas históricas que chegam até a Antiguidade Clássica, temos informações que os festejos de carnaval passaram por muitas transformações e se fez presente em diferentes culturas do mundo. Até chegarmos ao Carnaval dos padrões hoje conhecidos, diferentes tipos de festa ocorreram com o mesmo nome. 
Carnaval é uma festa que se originou na Grécia em meados dos anos 600 a 520 a.C.. Através dessa festa os gregos realizavam seus cultos em agradecimento aos deuses pela fertilidade do solo e pela produção. Passou a ser uma comemoração adotada pela Igreja Católica em 590 d.C.  É um período de festas regidas pelo ano lunar no cristianismo da Idade Média. O período do carnaval era marcado pelo "adeus à carne" ou do latim "carne vale" dando origem ao termo "carnaval". Durante o período do carnaval havia uma grande concentração de festejos populares. Cada cidade brincava a seu modo, de acordo com seus costumes. O carnaval moderno, feito de desfiles e fantasias, é produto da sociedade vitoriana do século XIX A cidade de Paris foi o principal modelo exportador da festa carnavalesca para o mundo. Cidades como Nice,Nova Orleans, Toronto e Rio de Janeiro se inspirariam no carnaval parisiense para implantar suas novas festas carnavalescas. Já o Rio de Janeiro criou e exportou o estilo de fazer carnaval com desfiles de escolas de samba para outras cidades do mundo, como São Paulo, Tóquio e Helsinque.
O carnaval do Rio de Janeiro está atualmente no Guinness Book como o maior carnaval do mundo, com um número estimado de 2 milhões de pessoas, por dia, nos blocos de rua da cidade.   Em 1995, o Guinness Book declarou o Galo da Madrugada, da cidade do Recife, como o maior bloco de carnaval do mundo...
A festa...
A festa carnavalesca surgiu a partir da implantação, no século XI, da Semana Santa pela Igreja Católica, antecedida por quarenta dias de jejum, a Quaresma. Esse longo período de privações acabaria por incentivar a reunião de diversas festividades nos dias que antecediam a Quarta-feira de Cinzas, o primeiro dia da Quaresma. A palavra "carnaval" está, desse modo, relacionada com a ideia de deleite dos prazeres da carne marcado pela expressão "carnis valles", que, acabou por formar a palavra "carnaval", sendo que "carnis" em latim significa carne e "valles" significa prazeres.
Em geral, o carnaval tem a duração de três dias, os dias que antecedem a Quarta-feira de Cinzas. Em contraste com a Quaresma, tempo de penitência e privação, estes dias são chamados "gordos", em especial a terça-feira (Terça-feira gorda, também conhecida pelo nome francês Mardi Gras). O termomardi gras é sinônimo de Carnaval.
O carnaval da Antiguidade era marcado por grandes festas, onde se comia, bebia e participava de alegres celebrações e busca incessante dos prazeres. O Carnaval prolongava-se por sete dias na ruas, praças e casas da Antiga Roma, de 17 a 23 de dezembro. Todas as actividades e negócios eram suspensos neste período, os escravos ganhavam liberdade temporária para fazer o que em quisessem e as restrições morais eram relaxadas. As pessoas trocavam presentes, um rei era eleito por brincadeira e comandava o cortejo pelas ruas (Saturnalicius princeps) e as tradicionais fitas de lã que amarravam aos pés da estátua do deus Saturno eram retiradas, como se a cidade o convidasse para participar da folia.
No período do Renascimento as festas que aconteciam nos dias de carnaval incorporaram os baile de máscaras, com suas ricas fantasias e os carros alegóricos. Ao caráter de festa popular e desorganizada juntaram-se outros tipos de comemoração e progressivamente a festa foi tomando o formato atual.

Se liga:
Todos os feriados eclesiásticos são calculados em função da data da Páscoa, com exceção do Natal. Como o domingo de Páscoa ocorre no primeiro domingo após a primeira lua cheia que se verificar a partir do equinócio da primavera (no hemisfério norte) ou do equinócio do outono (no hemisfério sul), e a sexta-feira da Paixão é a que antecede o Domingo de Páscoa, então a terça-feira de Carnaval ocorre 47 dias antes da Páscoa
O Carnaval ocorre 47 dias antes da Páscoa, em fevereiro, geralmente, ou em março, conforme o Cálculo da Páscoa (veja artigo anterior), ocorre próximo do dia de Lua Nova. Assim, poderá calhar próximo do ano novo chinês, se calhar antes ou próximo de 19 de fevereiro No século XXI, a data em que ocorreu mais cedo foi a 5 de fevereiro de 2008 e a que ocorrerá mais tarde será a 9 de março de 2038. Embora seja possível noutros séculos, o dia de Carnaval não ocorrerá a 3 ou 4 de fevereiro durante todo o século XX.
Um afro abraço.
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fonte:Wikipédia, a enciclopédia livre

Conselheiros da Igualdade Racial aprovam regimento da III Conapir

Conferência Nacional acontece no final do mês de Outubro de 2013, em Brasília. Etapas estaduais podem ser realizadas até 18 de Agosto
Conselheiros escolheram também integrantes da Comissão Organizadora da etapa nacional da CONAPIR
A 38ª Reunião Ordinária do Conselho Nacional de Promoção da Igualdade Racial (CNPIR) aprovou o regimento interno da III Conferência Nacional de Promoção da Igualdade Racial (III Conapir), que acontecerá em Brasília (DF), no final do mês de Outubro. O regimento normaliza os procedimentos relativos ao evento, que reunirá representantes de todo o país ligados à temática. Na reunião, também foram aprovados os nomes dos membros do CNPIR que integrarão a comissão organizadora da etapa nacional da conferência.

A reunião contou com a presença de 24 gestores estaduais e do Distrito Federal, que foram convidados para discutir a minuta do regimento, numa estratégia de integrar os estados na realização do evento. “Os estados têm papel muito importante na mobilização local e regional e foram convidados a participar, através de seus gestores, pela ministra Luiza Bairros”, explica o secretário Executivo do CNPIR, Sérgio Pedro. O prazo para a realização das conferências estaduais e do DF é até 18 de Agosto.

Representantes da sociedade civil na comissão organizadora da III CONAPIR:
- União de Negros pela Igualdade – UNEGRO: Manoel Vieira
- Central Única dos Trabalhadores – CUT: Maria Júlia Reis Nogueira
- Centro de Africanidade e Resistência Afro-brasileira –CENARAB: Valkiria Silva
- Coletivo Nacional de Juventude Negra: Clédisson Geraldo dos Santos Junior
- Coordenação Nacional das Comunidades Negras Rurais Quilombolas: Arilson Ventura
- Fórum Nacional de Mulheres Negras –FNMN: Estela Maris Cardoso
- Notório Conhecimento nas Questões Raciais: falta indicar;

Coordenação de Comunicação da SEPPIR

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sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Preconceito. Relações étnicas e raciais:A legião negra em 1932 ...

 O racismo justificado pela ciência foi a forma de manter a desigualdade tratamento entre brancos e negros, nesse momento histórico. Essa desigualdade ainda pode ser observada nos dias de hoje. Para tal, são discutidas as formas de expressão do racismo atual.

O Brasil foi o último país a abolir a escravidão. Esse fato histórico, aparentemente longínquo, deixou, na verdade, profundas marcas na sociedade brasileira. Para entendê-las, é preciso não esquecer os navios negreiros e os objetos de tortura. É preciso lembrar que a abolição foi lenta. Mas é preciso também pensar o lugar que a ciência ocupou na consolidação do preconceito contra os negros. Para que se lute contra o racismo é preciso primeiramente reconhecer que ele existe. Sem essa “confissão” tira-se do
foco o alvo que se quer atingir. A partir de meados do século XVI e, oficialmente, até 1850 – data da lei que aboliu o tráfico de escravos negros –, chegaram ao Brasil milhões de pessoas vindas de diferentes partes do continente africano. Nesse período, a forma de relação com o escravo é muito clara, pois ele é visto como “peça”, tratado como coisa que tem um proprietário: é alugado, vendido, comprado, entra na contabilidade das fazendas ao lado das cabeças de gado, das ferramentas e outros bens materiais.


 Os Negros  e seu papel na Revolução Constitucionalista de 1932...

 Em 3 de outubro de 1930, Getúlio Vargas chega ao poder por meio de um golpe de Estado. Junto ao movimento tenentista, o "presidente" se mostra autoritário, caça adversários políticos e fecha instituições democráticas, instalando uma espécie de ditadura no Brasil. Para São Paulo, Vargas indicou o nordestino João Alberto para o cargo de governador. As elites paulistas não aceitaram a situação e passaram a defender a democratização do País. A pressão foi tanta que, João Alberto e mais três interventores nomeados por Vargas para "comandar" São Paulo foram derrubados.

Aos poucos, a luta que começou nas elites paulistas ganhou a adesão de toda a população.
Em 25 de janeiro de 1932, um enorme comício juntou todas as forças da sociedade (até adversários políticos), afirmando que São Paulo iria até as últimas consequências pela democratização do Brasil. Em 23 de maio, uma greve mobilizou mais de 200 mil pessoas, que saíram às ruas para protestar. No conflito com policiais ligados à ditadura, quatro jovens estudantes foram mortos: Martins, Miragaia, Dráusio e Camargo.

Começava ali o movimento paulista de resistência à ditadura: o MMDC, que passou a alistar populares - de todas as profissões e classes sociais - para a Guerra Civil. Em 9 de julho de 1932, o Estado mais rico da Nação entra em conflito contra as forças federais comandadas por Getúlio Vagas. Todos são chamados para auxiliar, até as mulheres. E não seria diferente com os negros...
1 E m pouco tempo é formada uma comissão beneficente para arrecadar apoio material e humano entre a comunidade negra paulista. Surge a Legião Negra, que teve papel relevante na Revolução de 1932. O peso político do negro era grande, tanto que o próprio interventor de São Paulo, Pedro de Toledo, foi pessoalmente até a sede da Frente Brasileira Negra (a maior e mais respeitada entidade negra da época), pedir o apoio dos negros para a guerra. Porém, vários integrantes eram vanguardistas e operários (classe amplamente defendida por Vargas). Por isso, muitos negros não aderiram ao movimento constitucionalista.
2 Sem o apoio integral da Frente Brasileira Negra, a presença de negros na revolução foi marcante e a Legião Negra (conhecida como os Pérolas Negras), escreveriam para sempre sua passagem em nossa história. É válido destacar que seu fundador e defensor, Joaquim Guaraná de Santana, era inicialmente da Frente Negra Brasileira e rompeu com esta quando não conseguiu apoio absoluto dos companheiros para a Legião Negra. Guaraná fundou então um partido, o PRN (só de negros) e um jornal, o Brasil Novo, em que se autoproclamava como a maior liderança negra do Brasil, mas antes mesmo do fim da guerra ele foi afastado da Legião Negra e substituído pelo advogado negro José Bent.
 
3 A s principais frentes de combate da Legião Negra na guerra eram: Frente Leste (na divisa com o Rio de Janeiro); Frente Norte (divisa com Minas Gerais); Frente Oeste (divisa com Mato Grosso) e a Frente Sul (divisa com Paraná). Mas a participação dos negros na Revolução Constitucionalista não se fez apenas na Legião Negra, que contava com cerca de 2 mil homens. Havia outros negros - mais de 10 mil - espalhados por toda a força paulista. Vale lembrar que um dos principais comandantes da revolução era negro. Seu nome? Palimercio de Rezende.
4 Mesmo com os paulistas bastante confiantes, a diferença de forças era brutal. São Paulo tinha cerca de 30 mil homens, enquanto as força federais contavam com o dobro desse contingente, além de ser melhor equipada, contando com aviões e todo o arsenal de guerra do Brasil. Com o conflito, a cidade de São Paulo se modificou. Hospitais e fábricas aumentaram a jornada de trabalho, as aulas nas escolas foram suspensas e o transporte prejudicado. A iluminação eléctrica (em fase de instauração) ficou comprometida nos bairros mais distantes, causando transtornos para a população, principalmente aos pobres e negros da periferia.
5 A pós quase 3 meses de luta, as forças constitucionalistas começaram a enfraquecer. O número de mortos e feridos na guerra crescia e o isolamento de São Paulo era total. Sem o apoio dos mineiros e dos gaúchos (que também apoiavam uma nova Constituição, mas não lutavam ao lado de São Paulo), a rendição - assinada em 1º de outubro de 1932 - foi inevitável. Os principais líderes da revolução tiveram seus direitos políticos cassados e foram deportados para Portugal. Valdomiro Lima, gaúcho e tio de Darcy Vargas (mulher de Getúlio) foi nomeado interventor militar em São Paulo e permaneceu no cargo até 1933. Mas a guerra não foi em vão, porque, tempos depois, São Paulo conseguiu muitas vitórias no campo político e económico.
6 Como em muitos episódios marcantes que fizeram a história do Brasil, os negros ficaram esquecidos, pois quase nada se falou da Legião Negra depois da Revolução de 1932 e de praticamente 1/3 dos soldados constitucionalistas negros que, há poucas décadas, haviam saído da escravidão. Do conflito, ficaram várias lições: quando pensamos que perdemos a guerra, estamos perdendo apenas uma batalha, porque todo o movimento foi fundamental para a redemocratização do Brasil. A outra lição é que não existe história, luta por liberdade e justiça neste país que não tenha a participação efetiva dos negros brasileiros.

Racismo no Brasil: Tentativas de Disfarce de uma Violência Explícita...

A esperada cidadania após a abolição não aconteceu e, até hoje, é uma luta constante em uma sociedade em que a desigualdade racial é arraigada e as tentativas de apagar a memória da barbárie contra os escravos são permanentes, quer pela eliminação de documentos, quer pela disseminação do mito da democracia racial. Pouco depois da Lei Áurea, e já na vigência do regime republicano, mais exaltamente em 14 de dezembro de 1890, Ruy Barbosa, Ministro e Secretário de Estado dos Negócios da Fazenda e Presidente do Tribunal do Tesouro Nacional, queimou documentos oficiais que eram prova da escravidão, sob a justificativa de apagar da história do Brasil um período vergonhoso o Estado apropria-se da História, controla e manipula o entendimento do processo histórico, confunde a noção de temporalidade e impinge o esquecimento. Garante, assim, a continuidade do mesmo sistema sob nova e atual roupagem: sem escravos e, logo depois, sem rei. Para dominar, há que se tornar senhor da memória e do esquecimento. 


A alegação de que por largo praso viveu a raça branca, a mais culta das secções do genero humano, em condições não menos precarias de atraso e barbaria; o facto de que muitos povos negros já andam bem proximos do que foram os brancos no limiar do periodo historico; mais ainda a crença de que os povos negros mais cultos repetem na África a phase da organisação politica medieval das modernas nações
européas (Beranger Feraud), não justificam as esperanças de que os negros possam herdar a civilisação europea e, menos ainda, possam atingir a maioridade social no convívio dos povos cultos.


Apesar do discurso que nega ou ameniza a presença do preconceito e da discriminação racial no país, não é difícil ver manifestações de racismo no dia-a-dia da vida social brasileira. Ora ele é escancarado, como nos massacres frequentes, ora é silencioso, como no olhar policial que põe constantemente os negros sob suspeita. Pesquisa recente concluiu que há diferença de tratamento, por parte da justiça, de brancos e negros. Estes são tratados com mais severidade, desde a instância policial até o tribunal, como se a
criminalidade e a possibilidade de “perturbar a ordem social” lhes fosse inerente.


Um afro abraço.

UNEGRO 25 ANOS DE LUTA...
REBELE-SE CONTRA O RACISMO!

fonte:Adorno, S. (1996). Violência e racismo: discriminação no acesso à justiça penal. In L.M. Schwarcz & R. S. Queiroz (Orgs.), Raça e diversidade (pp. 255-275). SãoPaulo: Edusp.Costa, A. M. (1996). A violência como marca: a pesquisa em história. In L. M.Schwarcz & L. V. S. Reis (Orgs.), Negras imagens: ensaios sobre cultura e escravidão no Brasil (pp. 81-91). São Paulo: Edusp.Freyre, G. (2003). Casa grande-senzala: formação da família brasileira sobre o regime da economia patriarcal (47a ed.). São Paulo: Global. (Trabalho original publicado em 1933)Rodrigues, R. N. (1935). Os africanos no Brasil. São Paulo: Companhia EditoraNacional./Revista Raça

Favelas as grandes vítimas do coronavírus no Brasil

O Coronavírus persiste e dados científicos se tornam disponíveis para a população, temos observado que a pandemia evidencia como as desigual...