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sexta-feira, 16 de junho de 2017

Corte de 50% da subvenção do Rio de Janeiro considerado o espetáculo do carnaval do Mundo

Com raízes históricas no período colonial, o Carnaval tornou-se uma lucrativa atividade comercial no século XX.
Na verdade, essa história começou muito, mas muito antes do Brasil ser Brasil. Ela tem início lá na
Antiguidade, com os gregos, hebreus e romanos, mas com uma cara e um objetivo totalmente diferentes do carnaval como conhecemos: as festas, que aconteciam entre novembro e dezembro, eram promovidas para comemorar o sucesso nas colheitas e homenagear as divindades – sempre com muita bebida e muita comida....

A história do carnaval no Brasil iniciou-se no Período Colonial. Uma das primeiras manifestações carnavalescas foi o entrudo, uma festa de origem portuguesa que, na colônia, era praticada pelos escravos. Estes saíam pelas ruas com seus rostos pintados, jogando farinha e bolinhas de água de cheiro nas pessoas. Tais bolinhas nem sempre eram cheirosas. O entrudo era considerado ainda uma prática violenta e ofensiva, em razão dos ataques às pessoas, mas era bastante popular.
Muito além da escola de samba!
A palavra samba, de origem africana, significa provavelmente brincando como um cabrito, pulando e se divertindo. A origem do Samba remonta à cultura africana e isso pode ser comprovada, por exemplo, através da introdução, já na América, de inúmeros instrumentos musicais, tais como cuíca, berimbau, ganzá e reco-reco. Certamente, os africanos do grande grupo etnolinguistico chamado banto deram a maior contribuição para a base do samba na música brasileira e outras manifestações.

-"Isso pode explicar o fato de as famílias mais abastadas não comemorarem com os escravos, ficando em suas casas. Porém, nesse espaço, havia brincadeiras, e as jovens moças das famílias de reputação ficavam nas janelas jogando águas nos transeuntes."

Por volta de meados do século XIX, no Rio de Janeiro, a prática do entrudo passou a ser criminalizada, principalmente após uma campanha contra a manifestação popular veiculada pela imprensa. Enquanto o entrudo era reprimido nas ruas, a elite do Império criava os bailes de carnaval em clubes e teatros. No entrudo, não havia músicas, ao contrário dos bailes da capital imperial, onde eram tocadas principalmente as polcas.

-"A elite do Rio de Janeiro criaria ainda as sociedades, cuja primeira foi o Congresso das Sumidades Carnavalescas, que passou a desfilar nas ruas da cidade. Enquanto o entrudo era reprimido, a alta sociedade imperial tentava tomar as ruas".

As comunidades negras do Rio de Janeiro criaram as Escolas de Samba, nas quais os terreiros (ainda não eram as quadras como conhecemos atualmente) eram similares aos templos de Candomblé da década de 70, nos quais somente as mulheres faziam parte dos rituais. As mulheres eram
representantes de um tema muito comum na África. Por exemplo, a ala das baianas, um grupo de idosas, referência aos movimentos de dança circulares as manifestações rituais das religiões afro- brasileiras simbolizando a Mãe África.

Os enredos...
O Enredo é um samba canção que consiste de letra e música criados a partir de um resumo do tema. Uma época especial para letras de samba do Grupo Especial foi entre 1986 e 1996 quando o universo cultural e simbólico afro-brasileiro foram amplamente enfatizados. Este período inclui dois momentos históricos muito importantes para os negros: o centenario de abolição da escravatura no Brasil (1888-1998) e o terceiro centenário da morte de Zumbi dos Palmares (1695-1995) - um líder da causa negra. Podemos mencionar outras referências importantes para a cultura afro neste período: em 1986, Grande Othelo (G.R.E.S. Estácio de Sá), Caymmi (G.R.E.S. Estação Primeira de Mangueira) e Ganga Zumba (G.R.E.S. Engenho da Rainha); em 1988, quatro Escolas de Samba que tiveram temas focados sobre a Abolição da Escravatura no Brasil - G.R.E.S.

Se liga: - O Sambódromo carioca e os desfiles
As escolas de samba e o carnaval carioca passaram a se tornar uma importante atividade comercial a partir da década de 1960. Empresários do jogo do bicho e de outras atividades empresariais legais começaram a investir na tradição cultural. A Prefeitura do Rio de Janeiro passou a colocar arquibancadas na avenida Rio Branco e a cobrar ingresso para ver o desfile. Em São Paulo, também houve o desenvolvimento do desfile de escolas de samba a partir desse período.

Em 1984, foi criada no Rio de Janeiro a Passarela do Samba, ou Sambódromo, sob o mandato do ex-governador Leonel Brizola. Com um desenho arquitetônico realizado por Oscar Niemeyer, a edificação passou a ser um dos principais símbolos do carnaval brasileiro.

O carnaval, além de ser uma tradição cultural brasileira, passou a ser um lucrativo negócio do ramo turístico e do entretenimento. Milhões de turistas dirigem-se ao país na época de realização dessa festa, e bilhões de reais são movimentados na produção e consumo dessa mercadoria cultural.

HOJE : A decisão do prefeito do Rio de Janeiro Marcelo Crivella sobre o corte de 50% da subvenção dada para todas escolas de samba do Grupo Especial para o Carnaval 2018 atingiu em cheio o mundo do samba que ainda está atordoado com a novidade. A redução deve atingir em cheio também todos os grupos de acesso, da Série A e da Liesb, e muitas escolas dificilmente terão condições de colocarem seus desfiles na rua. O site CARNAVALESCO apurou que a prefeitura da cidade que abrir o debate se é necessário ter o super espetáculo das escolas, com comissão de frente mirabolante, alegorias opulentas e fantasias recheadas de materiais exorbitantes.

- "Mais em entrevista a G1 logo depois de eleito Crivella disse em entrevistas destacou a importância do carnaval e do desfile das escolas de samba para o turismo do Rio. Disse inclusive que iria estudar uma mudança de datas do repasse municipal para facilitar os preparativos do desfile. Mas condicionou tudo isso à avaliação dos contratos e das dívidas da prefeitura que vai assumir em janeiro". (em nenhum momento falou de corte)

Além disso, Crivella espera receber soluções criativas das agremiações, como festas e eventos sociais e culturais durante o ano inteiro, e que não sejam somente os ensaios técnicos no Sambódromo e os
desfiles oficiais. A Riotur deve ter R$ 200 milhões por ano para apoiar eventos que atraiam turistas e a alocação desses recursos será feita pelo Conselho de Turismo.

Sobre a “valorização” dos sambistas em detrimento do espetáculo, o presidente da Liga Independente das Escolas de Samba (Liesa) Jorge Castanheira espera uma reunião das escolas com o prefeito.

Finalizando: Rio recebeu 977 mil turistas no carnaval em plena crise e arrecadou R$ 2,2 bilhões

A cidade do Rio de Janeiro recebeu 977 mil turistas neste carnaval, que geraram uma receita ao município de US$ 782 milhões (cerca de R$ 2,2 bilhões) e uma ocupação média de 84% na rede hoteleira, segundo dados divulgados hoje (22) pela Secretaria Municipal de Turismo (Riotur).

Durante o carnaval, dez navios atracaram no porto do Rio, trazendo 26 mil turistas. Nos bairros de Ipanema e do Leblon, na zona sul da cidade, a ocupação chegou a 92%, enquanto em Copacabana, também na zona sul, foram ocupados 85% dos quartos.

Em relação aos blocos carnavalescos, o público somado chegou a 4,5 milhões, incluindo os desfiles
pré-carnavalescos de janeiro e fevereiro. No desfile de hoje do Monobloco, por exemplo, a prefeitura estimou um público de 500 mil pessoas
-E ai seu prefeito como vai "cuidar neste milhões de trabalhadores" em plena crise...
Um afro abraço.

Claudia Vitalino

fonte:www.suapesquisa.com/carnaval\www.brasil.gov.br ›

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