UNEGRO - União de Negras e Negros Pela Igualdade. Esta organizada em de 26 estados brasileiros, e tornou-se uma referência internacional e tem cerca de mais de 12 mil filiados em todo o país. A UNEGRO DO BRASIL fundada em 14 de julho de 1988, em Salvador, por um grupo de militantes do movimento negro para articular a luta contra o racismo, a luta de classes e combater as desigualdades. Hoje, aos 33 anos de caminhada continua jovem atuante e combatente... Aqui as ações da UNEGRO RJ

quarta-feira, 6 de junho de 2012

Religiões no Brasil II

Um país com grande diversidade religiosa. "Estão falando muito de Deus, de religiões e do diabo... aqui,trazemos um resumo sobre as Religiões do Brasil, tentando dar um olhar generalizdo sobre algumas delas". A espiritualidade do povo brasileiro é muito forte. Aqui há um sincretismo (fusão de duas ou mais religiões, misturando seus símbolos e rituais) religioso, que desafia estatísticas e definições formais, somos um país que possui uma rica diversidade religiosa. Em função da miscigenação cultural, fruto dos vários processos imigratórios, encontramos em nosso país diversas religiões (cristã, islâmica, afro-brasileira, judaíca, etc). Por possuir um Estado Laico, o Brasil apresenta liberdade de culto religioso e também a separação entre Estado e Igreja. A Constituição prevê a liberdade de religião e a Igreja e o Estado estão oficialmente separados, sendo o Brasil um Estado laico. A legislação brasileira proíbe qualquer tipo de intolerância religiosa, sendo sua prática geralmente livre no país. Segundo o "Relatório Internacional de Liberdade Religiosa de 2005", elaborado pelo Departamento de Estado dos Estados Unidos, a "relação geralmente amigável entre religiões contribui para a liberdade religiosa" no Brasil. O Brasil é um país religiosamente diverso, com a tendência de mobilidade entre as religiões. A população brasileira é majoritariamente cristã (89%), sendo sua maior parte católica (70%). Herança da colonização portuguesa, o catolicismo foi a religião oficial do Estado até a Constituição Republicana de 1891, que instituiu o Estado laico. No entanto, existem muitas outras denominações religiosas no Brasil. Algumas dessas igrejas são: pentecostais, episcopais, metodistas, luteranas e batistas. Há mais de um milhão e meio de espíritas ou kardecistas que seguem a doutrina espírita, codificada por Allan Kardec. Existem também seguidores da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, uma minoria de judeus, muçulmanos, budistas, neopagãos e seguidores do candomblé e da umbanda.Cerca de 7,4% da população (cerca de 12,5 milhões de pessoas) declarou-se sem religião no último censo, podendo ser agnósticos, ateus ou deístas. Nas últimas décadas, tem havido um grande aumento de igrejas neopentecostais, o que diminuiu o número de membros tanto da Igreja Católica quanto das religiões afro-brasileiras. Cerca de noventa por cento dos brasileiros declararam algum tipo de afiliação religiosa no último censo realizado. Principais religigiões praticadas no Brasil: 1. Catolicismo: O Catolicismo foi a religião oficial do Brasil, desde seu descobrimento até a Proclamação da República. Com o início da República, foi declarada a independência do Estado em relação à Igreja, e foi instituída a liberdade de culto, sendo o Brasil declarado um Estado laico, isto é, isento de vínculos religiosos. O catolicismo no Brasil colonial foi implantado pelos jesuítas e depois por outras Ordens Religiosas que assumiram o serviço das paróquias, dioceses, institutos educacionais e hospitais. Em 1750, os constantes conflitos entre os colonos e padres, levaram o Marquês de Pombal a expulsar os jesuítas do Brasil, pois eles eram contra a escravização dos índios. A Igreja Católica, no Brasil, foi se modernizando com o tempo, e adaptando-se aos novos anseios dos seus seguidores. Assim, em 1952 criou-se a CNBB (Confederação Nacional dos Bispos do Brasil), idealizada por Dom Helder Câmara, a primeira agremiação episcopal do mundo com a finalidade de coordenar a ação da Igreja como um todo no território nacional. De 1960 a 1980, o Movimento de Teologia da Libertação, formado por religiosos e leigos que interpretavam o evangelho sob um ponto de vista social, participava ativamente da vida política brasileira. A partir de 1980, começou a crescer no Brasil, o Movimento de Renovação Carismática Católica, originado nos EUA e apoiado pelo Papa João Paulo II, Esse movimento, retomou práticas antigas dos rituais católicos, como a Reza do Terço, a devoção Mariana e os cultos carregados de música e emoção. O Movimento de Renovação Carismática valoriza a ação do Espírito Santo, aproximando-se da visão das Igrejas Neopentecostais evangélicas, e atraiu a juventude para os cultos e grupos de oração. 2. Evangélicos Nos séculos XIX e XX chegaram ao Brasil, através de imigrantes europeus, as primeiras Igrejas Protestantes, descendentes da Reforma Protestante do século XVI. Desta forma, os Luteranos, Metodistas, Presbiterianos, Batistas, Anglicanos e Congregacionalistas se incorporaram à população brasileira. Mais recentemente, o Movimento Pentecostal, iniciado nos Estados Unidos tomou força no Brasil, trazendo novos conceitos dentro do protestantismo e rompendo com normas rígidas de conduta impostas pelas Igrejas históricas. O Pentecostalismo Clássico de 1910 a 1950 trouxe a fundação da Congregação Cristã do Brasil (1910) e da Assembléia de Deus (1911). De 1950 a 1970, missionários norte-americanos criaram a Cruzada Nacional de Evangelização, atuando através do rádio, e foram fundadas a Igreja do Evangelho Quadrangular (1953), do Brasil para Cristo e Deus é Amor (1962), e a Casa da Benção (1964). O Movimento Neopentecostal teve início nos anos 70, e trouxe inovações, como o uso da mídia eletrônica e a administração empresarial das igrejas. Entre elas estão a Igreja Universal do Reino de Deus (1977), a Igreja Internacional da Graça de Deus (1980), a Comunidade Evangélica Sara Nossa Terra (1976) e a Igreja Renascer em Cristo (1986). No total, as igrejas Pentecostais e Neopentecostais contam com um número crescente de fiéis, calculado atualmente em 10% da população brasileira. 3. Afro-brasilieiras As religiões de formação brasileira, ou de raízes brasileiras, são as religiões dos índios (mais encontradas na região Norte e Nordeste) e as religiões afro-brasileiras trazidas pelos escravos da África e, posteriormente, adaptadas à sociedade brasileira. Acredita-se que um terço da população brasileira freqüente, ainda que esporadicamente, centros de religiões afro-brasileiras ou cultos xamânicos amazônicos (chamados de pajelança). A Pajelança é encontrada no Amazonas, Pará, Piauí e Maranhão. Essa religião foi gerada por elementos exclusivamente ameríndios. As curas e rituais são realizados pelo PAJÉ, equivalente do Shaman norte americano, com danças, cantos, e o instrumento sagrado, o MARACÁ (chocalho) e o uso de alcalóides vegetais, que possibilitam o transe. Cada região tem entidades distintas que são invocadas, porém sempre são espíritos da natureza, de animais ou de antepassados mortos. No Piauí, a Encanteria mescla a pajelança amazônica com o catolicismo popular. O Candomblé das diversas "nações" africanas é a religião afro-brasileira que mais fielmente preserva as tradições dos antepassados, e raramente aberta ao sincretismo, embora haja o culto de entidades assimiladas como os caboclos e pretos velhos. Predomina na Bahia e tem muitos seguidores no Rio de Janeiro, região Nordeste e Sudeste em geral. A Umbanda é considerada a religião de formação brasileira por excelência, pois, nesta forma, não é encontrada em outros locais do mundo. Tem um sicretismos muito marcante com o cristianismo e o espiritismo kardecista. Os subúrbios do Rio de Janeiro possuem grande quantidade de terreiros ou barracões de umbanda. O culto afro-brasileiro toma o nome de babacuê no Pará, tambor-de-mina no Maranhão, xangô em Alagoas, Pernambuco e Paraíba e batuque no Rio Grande do Sul. Em 1941, realizou-se no Rio de Janeiro o I Congresso de Espiritismo de Umbanda, e depois disto surgiram duas organizações, a Congregação Umbandista do Brasil (1950) e a União Nacional de Cultos Afro-Brasileiros (1952), que coordenam e defendem os interesses dos fiéis. 4. Espiritismo Kardecista O Espiritismo é baseado nos trabalhos de Allan Kardec (de onde vem o nome nome “kardecismo” amplamente usado no Brasil). Não pode ser definido somente como religião, nem somente como filosofia. A doutrina que admite o princípio de reencarnação e manifestações dos espíritos dos mortos entre os vivos, embora fundamentada firmemente na doutrina e orações da Igreja Católica, não tem liturgia complicada, restrições, rituais de adoração, sacerdotes ou Igrejas. Apresenta aos praticantes simplesmente um conjunto de princípios para tornar o homem um ser mais evoluído e tolerante e, principalmente, responsável pelos seus atos. Incorporando temas como: a Lei de Retorno (ou karma), as práticas mediúnicas de contato com espíritos desencarnados e um amplo trabalho de assistência social, o Espiritismo se adapta de tal forma à espiritualidade e misticismo dos brasileiros que o Brasil é considerado o maior país espírita do mundo, com cerca de 8 milhões de adeptos no ano 2000, e mais de 9.000 centros. O Espiritismo chegou ao Brasil, como prática, em 1865, quando Luiz Olímpio Teles de Menezes fundou em Salvador o Grupo Familiar de Espiritismo, que, a partir de Julho de 1869, iniciou a publicação da revista espírita Eco de Além Túmulo. Em 1876, foi fundada no Rio de Janeiro a Sociedade de Estudos Espíritas Deus, Cristo e Caridade; em 1877, foram fundados a Congregação Anjo Ismael, o Grupo Espírita Caridade e o Grupo Espírita Fraternidade. No ano de 1883, começou a ser publicado “ O Reformador” , um periódico espírita fundado por Augusto Elias da Silva, que no ano de 1884 fundou também a Federação Espírita Brasileira. A Livraria da Federação, criada em 1897, é responsável pela edição, distribuição e divulgação da vasta literatura espírita. 5. Budismo O Budismo não pode ser classificado como Religião, pois não há o culto de uma divindade; seria mais correto qualificá-lo como uma filosofia espiritualista. Buda não é uma pessoa, é um título que vários mestres já usaram, e significa “ aquele que sabe” ou “ aquele que despertou” , identificando alguém que atingiu um nível superior de compreensão do universo e transcendeu a condição humana. O Buda mais conhecido foi, sem dúvida, Sidarta Gautama. A filosofia derivada dos sermões de Buda foi levada a todo o Oriente e, ao se mesclar com a cultura de cada região criaram-se correntes diversas de pensamento budista, que diferem mais nos ritos do que nos conceitos básicos: o Budismo Indiano, o Budismo Chinês, o Budismo Japonês, e o Budismo Tibetano. No Brasil, o budismo foi introduzido por imigrantes japoneses no início do século XX e, a partir de 1950, começaram a chegar missionários e foram fundadas as primeiras organizações no Estado de São Paulo. Atualmente, há comunidades de todas as correntes Budistas no Brasil em todo o território nacional. Estima-se que cerca de 800.000 pessoas professam o Budismo como opção religiosa- filosófica. O essencial do pensamento budista está nas Quatro Nobres Verdades, enunciadas por Buda, na crença de que os seres humanos estão presos a um ciclo de morte e renascimento (samsara) enquanto as conseqüências de seus atos os prenderem (karma). A existência humana está sujeita ao sofrimento, doença e morte, ciclo este que só pode ser rompido ao se compreenderem e cumprirem as Quatro Nobres Verdades. 6. Judaísmo Com os colonizadores portugueses vieram os chamados cristãos novos, que eram judeus convertidos ao cristianismo, batizados contra a vontade para fugir da Inquisição. Possivelmente, o primeiro que pisou solo brasileiro foi Gaspar de Lemos, intérprete de Pedro Álvares Cabral, em 1500. Outro cristão novo, Fernando de Noronha, que descobriu a ilha com seu nome, chegou ao Brasil em 1503. Embora em 1567 a imigração de conversos tenha sido proibida, muitos cristãos novos continuavam a chegar clandestinamente, fugindo da Inquisição Portuguesa, que inclusive chegou a fixar um escritório em Recife para julgar cristãos novos que ainda mantivessem ritos judaicos. A opressão aos convertidos só se encerrou em 1773, quando o Marquês de Pombal aboliu a distinção entre cristãos novos e velhos cristãos, mas a situação melhorou na verdade quando a família real veio para o Brasil, pois o tratado de comércio com os ingleses exigia que não se fizesse nenhum tipo de perseguição a estrangeiros por questões de consciência. A partir de 1850, vários grupos de judeus chegaram ao Brasil e se espalharam por todo o território.Nas décadas de 30 e 40, uma vigorosa corrente de imigrantes fugidos da perseguição nazista chegou ao Brasil, e no ano de 1966 foi fundada a primeira Yeshivah brasileira, um tipo de seminário destinado à formação de rabinos. Estima-se, atualmente, em cerca de 250.000 o número de judeus no Brasil, concentrados em São Paulo, Rio de Janeiro, Belém, Recife, Salvador e Rio Grande do Sul. 7. Islamismo Hoje, no Brasil, há cerca de 1 milhão de muçulmanos, distribuídos principalmente em são Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Curitiba, Rio Grande do Sul e Foz do Iguaçu. Existem no território nacional cerca de 100 mesquitas, 5 na cidade de São Paulo, sendo que a principal delas, a Mesquita Brasil, foi a primeira a ser construída no Brasil, em 1929. A grande maioria da população muçulmana do Brasil descende de imigrantes Libaneses, Sírios, Palestinos e de outros países árabes. Um afro abraço. FONTE:Wikipédia, a enciclopédia livre/www.brasilescola.com/datacomemorativas/UNEGRO/RELIGIOSIDADE.

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