UNEGRO - União de Negras e Negros Pela Igualdade. Esta organizada em de 26 estados brasileiros, e tornou-se uma referência internacional e tem cerca de mais de 12 mil filiados em todo o país. A UNEGRO DO BRASIL fundada em 14 de julho de 1988, em Salvador, por um grupo de militantes do movimento negro para articular a luta contra o racismo, a luta de classes e combater as desigualdades. Hoje, aos 33 anos de caminhada continua jovem atuante e combatente... Aqui as ações da UNEGRO RJ

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

PROJETO SAMBA NA RAIZ NA MOCIDADE


Grande Atividade no
Projeto Samba na Raiz

Feijoada na G.R.E. Mocidade Independente de Padre Miguel.

Data: 27/02/2011.

Apartir das 13:00h

.

Entrada Franca!
Aguardamos você!

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Reflexão



O que somos...

Não pode-se renegar os valores africanos é desqualificar a visão do mundo cultural e religioso, isso é negar o nosso direito de reivindicação a tudo o que nos foi tirado e espoliado ao longo da história do povo negro seus modo de pensar a africanidade para a Igualdade na Diversidade Humana: a a opção da não-violência, contra a violência recebideu durante séculos.

Muitos falam de que o negro, por ser em maioria durante a escravidão, poderia ter se rebelado (já foi me falado pessoalmente por uma companheira) Penso este é um refexo da historia contada pelo dominadores e que foi retratada como verdade absoluta. Vamos pensar por exemplo, que a ginga é uma componente e muito importante da estratégia de resistência, como mostram diversos autores que nos permitiu estar escrevendo, falando e sendo escutados cada vez mais este tema. Criou-se um mito de que no Brasil houve uma escravidão benevolente, mas no entanto, nossos antepassados africanos é que responderam com ternura a esta violência.

Diversidade humana

Quando falamos em igualdade na diversidade humana e no resgate à cultura africana, não queremos dizer o retorno a uma África mítica, ou transformar o nossa pais em uma segunda Africa mas sim o reconhecimento das sociedades indígenas e quilombolas e o nosso modo de vida .

Vamos conversar:

Nos estamos caminhando de maneira não-dualista, entendendo que não-violência nada tem de passividade,pelo contrario os exemplos de Gandhi, de Martin Luther King, de Solano Trindade e muitos outro negr@s do nosso país e de outros países . Nos somos parecidos e diferentes ao mesmo tempo, proximos e distantes ao mesmo temos.

A Vida , a história e o mundo estão aqui e tod@s nós temos responsabilidade de ajudar-mos neste construção. Entender que somos o resultado de uma ruptura e mais que tem muito de africanidade, somos irmãos e irmãs, termos o vigor das políticas públicas, da responsabilidade socioambiental, da resparaçãoe ações afirmativas estamos atentos aos nossos sofrimentos e aos sofrimentos do negro ou não negro, pensamos com generosidade pois , sentimos e sofremos na própria carne o que qualquer ser humano sofre independente de sua melanina. Todos este rocesso histórico que é simlpes mais comlexo resultou na nossa identidade, que iniciou-se nos porões dos navios negreiro , por isto afro descendente mas também é 100% brasileir@s.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Trabalho Escravo


Infelizmente para nos brasileiros ainda há quem acredite que a escravidão não exista no Brasil desde 1888.
Há que acredite também que a Constituição Federal já tenha conseguido garantir os direitos do trabalhador.
A realidade, porém, é vergonhosa e precisa ser conhecida e mudada. Há mais de sete anos tramita no Congresso Nacional a Proposta de Emenda Constitucional nº438 (PEC 438), que pune com a expropriação de terras os proprietários em cujas fazendas for encontrado trabalho escravo. A proposta é fundamental para combater o problema, mas inesplicavelmente continua engavetada.

O tema já foi abordado muitas vezes no âmbito estadual e Nacional, através de parlamentares e sociedade civil . Em 2006 os parlamentares aprovaram a Lei Nº 4.744(deputado Alessandro Molon) que proíbe a administração pública de celebrar contratos com quem se beneficia, direta ou indiretamente, desta prática. Em maio deste ano também apresentado o Projeto de Lei nº 3080/2010, que cria a COETRAE, Comissão Estadual de Combate ao Trabalho Escravo. A Comissão já existe em outros estados, como Pará e Tocantins, mas não no Rio de Janeiro, onde só no ano passado 1.902 pessoas foram libertadas da escravidão - o maior número em todo o país.

Diante dessa cruel realidade e do descaso dos órgãos competente. A sociedade civil vem se mobilizando, junto as suas organizações,movimentos , e entidades como a UNEGRO e outras destacando-se a Frente Contra o o Trabalho Escravo e pela Aprovação da PEC 438.

Sabemos, que cabe a nós sociedade civil fazer com que estas e tantas outras sejam cumpridas, precisamos exigir do poder publico que cumpra-se a lei. Mas em contra partida devemos refletir do absurdo de termos em pleno século XXI, precisarmos de leis para garantir o que nossa carta maior que é a constituição a muito nos outorga a liberdade, e diz que somos todos iguais.


Fonte:jornal Brasil- http://www.trabalhoescravo.org.br/


domingo, 13 de fevereiro de 2011

UNEGRO´TAMBÉM É CONSEA.


A fim de reduzir a desigualdades e assegurar à população negra o Direito Humano à Alimentação Adequada, a Comissão de Políticas para Segurança Alimentar e Nutricional das Populações Negras, do Conselho Nacional de Segurança alimentar e Nutricional (CONSEA), órgão de aconselhamento da Presidência da República, apresenta em seus objetivos a incorporação da temática racial à construção da Política de Segurança Alimentar e Nutricional (SAN); a potencialização e divulgação de ações já desenvolvidas junto à população negra na área de SAN; o fortalecimento da produção e comercialização de alimentos por populações remanescentes de quilombos e o aproveitamento da capilaridade das comunidades religiosas de matriz africana.
Entre os 13 pontos do plano de ação desta comissão está a construção de um sistema integrado e diversificado de informações de indicadores sobre (in)segurança alimentar e nutricional capaz de monitorar a situação da população negra no país, respeitando e envolvendo comunidades e grupos específicos e viabilizar junto aos órgãos competentes assistência técnica e financiamento aos empreendimentos da economia solidária que atendam às vocações regionais e étnico-raciais, pautada na promoção do desenvolvimento local sustentável de forma a garantir a preservação das culturas tradicionais.
A UNEGRO esta nesta dicurção no estado do Rio, também na organização da conferencia.
foto: Nutricionista Angelita(representante UNEGRO/CONSEA ESTADUAL)

I Cupula Mundial Mundial de Afrodescendentes


"O evento acontecera de 13 a 17 de Junho de 2011 em Sam José na Costa Rica."

Critérios para participar:

Ter entre 18 a 35 anos, ser líder ou militante afro descendente.

Os jovens interessados precisam fazer suas inscrições ate o dia 28 de Fevereiro.

serão seleccionados 200 jovens afro descendente da América latina,Caríbe,Europa,Asea e Oceania e continente africano.

Maiores informações a baixo:









http://www.conjuv.blosport.com/


email: cumbre@proyectocaribe.org.










Fiquem blogados juventude
unegrin@s!!!!!!!!!!!!!!!


Claudia.

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Herois Negros...


José do Patrocínio- 1853-1905.




Nasceu em Campos, no estado do Rio de Janeiro em 09 de Outubro de 1853. Era filho natural do padre João Calos Monteiro( orado sacro de grande fama na capela imperial...)Sua mãe Justina era uma dos 92 escravos do padre João Carlos. Quando completou 14 anos e formado na educação primaria.Começou sua trejetoria até conseguir torna-se jornalista...( leia sobre José do Patrocinio)
fonte: revista raça

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Encontro Nacional dos Movimentos Sociais





A participação da UNEGRO no CONCLAT em SP foi
muito importante para o fortalecimento de nossas ações
junto ao Movimentos Sociais a nível nacional.
A delegação da UNEGRO/RJ teve forte expressão
política na atividade.


terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Alguns respeitáveis negr@s...


2008* ENG.JOSÉ LÚCIO









2009* Ekedi Maria Moura









2010*MÃE BEATA










CANTA AMÉRICA.

Não o canto de mentira e falsidade
que a ilusão ariana
cantou ara o mundo
na conquista do ouro

nem o canto de supremacia dos
derramadores de sangue
utópicas novas ordens

de napoliônicas conquistas
mas o canto da liberdade dos povos
e do direito do trabalhador...
Solano Trindade



Cercas

essa linha ilusória

que separa,delimita

altruísmo do egoísmo

amor da desesperança

medo da confiança

fraqueza da segurança

me,afasta obscurece

e sobretudo questiona

a desconhecida que sou de mim mesma


Osvaldo de Camargo.



Balada do amor

É preciso fugir

de todo amor que faz sofrer

é preciso fugir do amor

talvez a chuva lá fora faça bem

talvez o frio da noite seja como alguém...

Solano Trindade





















Nossos Heróis

Rainha Nizinga Mbandi.
Quem foi Nizinja ou Jinga ?
Nizinga, foi uma das maiores governantes da historia da África ; é considerada o maior símbolo de resistência a colonização portuguesa na África.
Conduziu pessoalmente seu exercito até os 73 anos.
Angola só foi dominada apoios a sua morte aos 83 anos
Enquanto Cristina da Suécia,foi nomeada rei de seu pais. Em Angola uma guerreira também quis ser reconhecida como rei. Em pleno inicio do século XVII.

Portugal, por sua vez teve que aguardar trinta anos por um tratado de paz . Os português a reconhecem como Ana de Sousa ; mais em Angola é até hoje conhecida como a grande Rainha Nizinga ou Jinga.
(saiba mais sobre nossos heróis)
fonte: ibge,ibase,fase

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

O Samba Chora...


Incêndio atinge a Cidade do Samba.

Hoje a cidade do Rio acordou mais triste .Incêndio destruiu parte dos barracões da Cidade do Samba pode alterar a ordem dos desfiles, já que as três escolas atingidas pelo fogo (Portela, Grande Rio e União da Ilha) estão marcadas para segunda-feira. Ainda nesta segunda-feira,
A Liga Independente das Escolas de Samba (Liesa) vai decidir, em reunião prevista para 19:00n se haverá mudança na ordem do Carnaval. Eles também vão decidir sobre o possibilidade de rebaixamento das escolas.
08/02/2011- Liga muda ordem do desfile do grupo especial do Carnaval 2011 e em 2012, 13 escolas desfilaram no grupo especial.
- Liesa também informa que na apuração das campeãs de 2012; duas escolas descem.
(fonte:uol,jorna extra e revista veja)

domingo, 6 de fevereiro de 2011

RECONHECIMENTO...

O engenheiro Lucio, conhecido como Lucio comunista da Silva, foi o primeiro grande homenageado da UNEGRORJ, e recebeu uma moção, do vereador Roberto Monteiro em 2008 pela sua deticação a nossa entidade e ao movimento negro..

Samba na Raiz!


Fiquem ligados:Projeto, já esteve em Mangueira, Vila Izabel e Rocinha e agora...

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

UNEGRO- REVOLTA DOS MALÊS!


DIREITOS HUMANOS. DIREITOS DE TOD@S!


NOSSAS MULHERES NEGRAS...


Discriminação Racial no Brasil!

Elie Wiesel, Prêmio Nobel da Paz, disse uma frase muito interessante: "O matador mata sempre duas vezes – a segunda pelo silêncio." (...) Em alguns racismos conhecidos na historia da humanidade, as relações entre segmentos étnicos diferentes são mais explícitas, mais abertas; é um racismo institucionalizado, por vezes acompanhado de hostilidades e da morte física do outro. Quero me referir ao nazismo, ao apartheid sul-africano, ao sistema ‘Jim Crow’ nos Estados Unidos. Mas outros racismos foram e são implícitos, não-institucionalizados, objeto de segredo e tabu, submetidos ao silêncio, um silêncio criminoso. Quero me referir, como vocês devem ter captado pela mensagem camuflada no título, ao racismo brasileiro." [52]Kabengele MUNANGA

LIGUE 180! Fora a Violência contra as MULHERES!


A Ideologia de algumas Sociedades que defendem que as mulheres devem ser puras, castas e virgens até o casamento podem levar à mutilação genital feminina, aos crimes de honra e às restrições da mobilidade das mulheres, assim como da sua participação econômica e política.
As idéias de que os homens devem ser “machos” podem significar que a violência sexual dos homens é algo natural e esperado e não uma atitude que dever ser condenada. Daí termos 10 Mulheres sendo assassinadas por dia e mais de 5000 Mulheres assassinadas no Brasil em 2009 e a cada 15 segundos, uma Mulher está sendo agredida em algum lugar, pelo seu dono e senhor.
As desigualdades entre os gêneros e os tabus em torno da sexualidade agravam a situação das Mulheres que morrem por causa de Abortos Ilegais.
Sabemos, que em muitas Culturas, e não podemos esquecer a nossa, o “homem adequado” ou uma “mulher adequada”, precisa agir 100% como heterossexual, obedecendo aos estereótipos de gênero. Portanto, ser lésbica, gay, bissexual ou “trans” pode resultar em marginalização ,violência ou morte relacionados à sexualidade.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Saudação as Comunidades!


A comunidade uma das centenas de remanescente dos antigos quilombos. Como as outras é carente de recursos e de infra-estrutura. a UNEGRO que o estado que cuide de quem precisa e que atraves do investimento, distribua a riqueza colectivamente produzida. Sua presença nas periferias é condição básica ara a diminuição da pobreza. E a permite a chegada de escolas, universidade,bibliotecas,postos de saúde e hospitais,praças, parques de lazer,teatro,cinemas e muito mais. Periferia não ode continuar sendo periferia e nela que vive a amla maioria da juventude afrodecendente carente de politicas de reparação.

É preciso fortalecer a luta dos movimentos urbanos de moradia, saneamento básico,transporte ecológico na busca de que o Estatuto da Cidade se traduza no estabelecimento de cidades justas, fraternas e solidarias.

UNEGRO- Rebele-se Contra o Racismo!

CAUSA DE ÓBITOS DE MULHERES NO PAÍS


De acordo com pesquisa do Ministério da Saúde, óbitos provocados por doenças decorrentes do HIV são a quarta principal causa de morte de mulheres com idades entre 10 e 49anos.

No caso dos homens, mortes provocadas por complicações do vírus da Aids ocupam a 15° posição entre as principais causas de óbitos. Segundo a publicação “Saúde Brasil 2007”, em 2005, a taxa de mortalidade entre as mulheres nesse quesito foi de 5 óbitos para cada 100 mil habitantes. No caso dos homens, naquele mesmo ano, esse número ficou em 8,1 mortes para cada grupo de 100 mil pessoas. “O estudo também aborda o risco de morte por HIV, entre as mulheres raça/cor preta. O vírus ocupa o segundo lugar no ranking de mortalidade e o risco de morte é 2,6 vezes maior que entre as mulheres brancas”, informa texto do Ministério da Saúde “A principal causa de mortes para os homens foi as Doenças Isquêmicas do Coração, grupo que inclui o infarto agudo do miocárdio. Ao todo, foram 49.128 vidas perdidas por essa causa. As doenças cerebrovasculares foram a segunda causa de morte para os homens, com 45.180 óbitos. Na seqüência, estão os homicídios – 43.665 vidas perdidas”, explica texto do Ministério da Saúde.

No caso das mulheres, o estudo indica o seguinte: “As neoplasias (grupo que reúne os vários tipos de câncer) foram responsáveis pela maior quantidade de mortes entre mulheres em idade fértil no Brasil, em 2005. Responsáveis por 20,7% das mortes em 2000, passaram a responder por 23% das mortes em 2005.”

Aids na população negra = falta de informação.

Ministério da Saúde juntamente com o Programa Estratégico de Ações Afirmativas lançou o Programa contra Aids dirigido à população negra. A prioridade é, em um primeiro momento, o levantamento de dados relacionados à “raça” (auto-identificação), que até 2001 não fazia parte dos relatórios de incidência da doença, para então se traçar projetos de políticas públicas. “Reconhecer que sabemos pouco sobre população negra e racismo dentro da Aids e ampliar esta discussão é a principal meta do programa”, afirmou Karen Bruck, assistente técnica da Coordenação Nacional de DST/Aids

A iniciativa brasileira não é pioneira, há exemplos de incluir a variável raça nas estatísticas sobre Aids também em países desenvolvidos, como Inglaterra e EUA. Mesmo assim, trata-se de uma preocupação recente que agora entra no debate internacional. Um exemplo foi a preocupação da Fundação de Ciência Austríaca (FWF, na sigla em alemão), que recomendou, neste mês, a inclusão das diferenças culturais (minorias étnicas) e de gênero, quase nunca presentes, nos planejamentos dos sistemas de saúde podemos, de forma a melhorar a qualidade e expectativa de vida destes pacientes.

Entre as metas do Programa de combate à Aids entre a população negra brasileira, está, a curto prazo, a capacitação de “pelo menos 50%” dos técnicos da rede do SUS, como frisou Barbosa, com a participação de profissionais negros, além do desenvolvimento de estratégias de comunicação entre usuários e profissionais da saúde de modo a sensibilizá-los para a existência de diferenças na incidência da doença na população negra. Também estão programadas parcerias entre as universidades e os movimentos sociais, para melhorar as informações e se traçar políticas públicas que poderão sustentar a longo prazo uma mudança no quadro de saúde dos negros. Na análise; as mulheres representaram a aids como uma doença que não tem cura; traz perigo; causa dor e as deixa triste; reiterando representações que estão presentes desde o inicio da epidemia.
O descuido relacionado ao não cumprimento de medidas preventivas; em especial; o uso do condom; usado por ela própria ou por seu companheiro requer negociação; levando-as a situações de assimetria no poder de decisão nas relações afetivo-sexuais; decorrentes das questões de gênero; imbuídas no senso comum e que afetam mulheres de todas as classes sociais; raças
e crenças.








Ministério da Saúde juntamente com o Programa Estratégico de Ações Afirmativas lançou o Programa contra Aids dirigido à população negra. A prioridade é, em um primeiro momento, o levantamento de dados relacionados à “raça” (auto-identificação), que até 2001 não fazia parte dos relatórios de incidência da doença, para então se traçar projetos de políticas públicas. “Reconhecer que sabemos pouco sobre população negra e racismo dentro da Aids e ampliar esta discussão é a principal meta do programa”, afirmou Karen Bruck, assistente técnica da Coordenação Nacional de DST/Aids.

O perfil da Aids, que foi se modificando desde seu aparecimento nos anos 80, passou a apresentar uma pauperização, e apenas com o aumento dos dados recentes que incluem raça nos bancos de dados sobre Aids, verificou-se também um aumento não proporcional da doença na população negra. “Existe uma sobreposição entre população negra e pobreza e que deve ser investigada no caso da Aids”, afirma Francisco Inácio Bastos, que pesquisa as tendências da epidemia de Aids no país no Centro de Informação Científica e Tecnológica da Fiocruz.

Existem poucos dados que diferenciam a incidência dos soropositivos (portadores do vírus HIV) de acordo com a raça na população brasileira. Alguns dos disponíveis, no entanto, apontam um risco maior entre os negros, a exemplo dos índices publicados na tese de doutorado Mulheres e homens negros: saúde doença e morte de Luís Eduardo Batista, da Unesp de Araraquara, em 2002. Os dados relativos ao estado de São Paulo de 1999 a 2000, mostram que a incidência do HIV entre homens negros era de 25,9 para cada 100 mil óbitos, enquanto para os brancos era de 14,4/100 mil. Já no caso das mulheres negras as mortes equivaliam a 11,39/100 mil e entre as brancas a 4,92/100 mil. Mais do que apontar uma maior mortalidade entre a população paulista negra, o estudo revela que as mulheres negras têm uma chance de morrer de Aids muito próxima a dos homens brancos, ou seja, há um peso diferenciado do morrer, como definiu Maria Inês da Silva Barbosa, diretora da Subsecretaria de Políticas de Ações Afirmativas. “Por que o negro está morrendo mais?”, questiona.

O trabalho em 2003 por Fernanda Lopes, da Faculdade de Saúde Pública da USP, pode dar algumas pistas. Depois de analisar 1.068 mulheres (542 negras e 526 não-negras) maiores de 18 anos atendidas em serviços públicos de referência para o tratamento de DST/Aids do estado de São Paulo, ela concluiu que as negras são mais vulneráveis à reinfecção e ao adoecimento do que as não-negras. Entre as explicações apontadas no estudo está o fato dessas mulheres terem dificuldades de acesso à educação formal, condições de moradia e habitação menos favoráveis, baixo rendimento individual e familiar per capita, mais dificuldade de acesso ao teste diagnóstico e, quando se descobrem soropositivas, deixam de receber informações importantes para melhoria de sua qualidade de vida.

O grande problema, de acordo com a diretora da Subsecretaria de Políticas de Ações Afirmativas, é a existência de um sistema de saúde que se propõe de acesso universal e igualitário, como o Sistema Único de Saúde (SUS), mas que acaba camuflando a diferente prevalência de doenças na população negra. Assim, a iniciativa do Ministério da Saúde foi bem recebida por Francisco Bastos, da Fiocruz. Porém, ele enfatiza que é preciso priorizar, sobretudo, os dados em relação ao adoecimento, morte e acesso ao tratamento entre a população negra, quase inexistentes.

A iniciativa brasileira não é pioneira, há exemplos de incluir a variável raça nas estatísticas sobre Aids também em países desenvolvidos, como Inglaterra e EUA. Mesmo assim, trata-se de uma preocupação recente que agora entra no debate internacional. Um exemplo foi a preocupação da Fundação de Ciência Austríaca (FWF, na sigla em alemão), que recomendou, neste mês, a inclusão das diferenças culturais (minorias étnicas) e de gênero, quase nunca presentes, nos planejamentos dos sistemas de saúde modernos, de forma a melhorar a qualidade e expectativa de vida destes pacientes.

Entre as metas do Programa de combate à Aids entre a população negra brasileira, está, a curto prazo, a capacitação de “pelo menos 50%” dos técnicos da rede do SUS, como frisou Barbosa, com a participação de profissionais negros, além do desenvolvimento de estratégias de comunicação entre usuários e profissionais da saúde de modo a sensibilizá-los para a existência de diferenças na incidência da doença na população negra. Também estão programadas parcerias entre as universidades e os movimentos sociais, para melhorar as informações e se traçar políticas públicas que poderão sustentar a longo prazo uma mudança no quadro de saúde dos negros.

A mudança no perfil epidemiológico da infecção pelo HIV/aids nos últimos anos ocorridas no Brasil; indica um intenso crescimento do número de mulheres infectadas; sendo estas na sua maioria negras.

Neste sentido; acreditando ser importante conhecer as representações sociais dessas para melhor compreender suas vulnerabilidades à infecção pelo HIV e o modo como agem diante desta epidemia; busquei neste presente estudo apreender as Representações Sociais de mulheres negras e não negras sobre suas vulnerabilidades à infecção pelo HIV/aids; assim como; identificar as implicações de gênero e dos diferencias raciais nas vulnerabilidades de mulheres à infecção pelo HIV/aids.

Trata-se de um estudo quantiqualitativo; com abordagem multimétodos; fundamentado na Teoria das Representações Sociais.

Para realização do mesmo foram utilizados como cenários da pesquisa uma unidade ambulatorial de saúde integrante da rede de serviços oferecida pela Universidade; e uma unidade de atenção básica da rede municipal de saúde; ambas situados no município de Salvador.

Participaram deste estudo 124 mulheres que compareceram a estas unidades para realização de consultas de planejamento familiar ou ginecológicas no período de julho a outubro de 2007.

Foram utilizados para a coleta de dados o Teste de Associação Livre de Palavras (TALP) e a técnica projetiva do desenho estória com tema; os dados resultantes foram submetidos a análise fatorial de correspondência (AFC) e a análise de conteúdo temática; respectivamente.

Para o TALP foram utilizados seis estímulos indutores: aids; sexo; sexualidade; aids e mulher negra; aids e mulher não negra e você mesma.

As respostas foram processadas no software Tri-Deux-Mots; com as seguintes variáveis: faixa etária; cor; escolaridade; estado civil.

A análise fatorial de correspondência revelada no jogo de oposições demonstrou que a variável cor não apresentou significância diante do percentual total de respostas; possivelmente; em decorrência de a população estudada ter sido constituída em sua maioria de pessoas que se auto-referiram como sendo negras (88;7%; das quais 40;3% eram pardas e 48;4% eram pretas); este resultado corrobora com os dados censitários que indicam Salvador como sendo a capital mais negra do país.

Na análise; as mulheres representaram a aids como uma doença que não tem cura; traz perigo; causa dor e as deixa triste; reiterando representações que estão presentes desde o inicio da epidemia.

O descuido relacionado ao não cumprimento de medidas preventivas; em especial; o uso do condom; usado por ela própria ou por seu companheiro requer negociação; levando-as a situações de assimetria no poder de decisão nas relações afetivo-sexuais; decorrentes das questões de gênero; imbuídas no senso comum e que afetam mulheres de todas as classes sociais; raças e crenças.

Espera-se que os resultados obtidos através deste estudo contribuam na conscientização tanto das mulheres como dos gestores de políticas de saúde sobre a importância da inclusão dos estudos de gênero e raça na vulnerabilidade à infecção pelo hiv; fatores que contribuem em maior proporção na predisposição das mulheres

IMPORTANTE :Procure o seu médico para diagnosticar doenças, indicar tratamentos e receitar remédios.

Fonte: Agência de Notícias da Aids





























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